Uma Greve Nacional da Educação será realizada em 18 de março. A mobilização terá como mote a defesa da educação e dos demais serviços públicos, do emprego, dos direitos e da democracia.

Inicialmente convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a Greve de 18 de março teve adesão posterior do ANDES-SN e de outras entidades sindicais da educação. Agora, com a definição da participação também das centrais sindicais e das frentes democráticas, a data passa a ser um grande Dia de Lutas, Protestos e Paralisações.

A proposta das centrais sindicais é que haja protestos, atos e paralisações onde for possível. A orientação é que se reproduza nos estados a preparação da mobilização do dia 18 de março com a mais ampla unidade de ação, para que se organize um forte dia de luta.

Além dos sucessivos ataques que os trabalhadores vêm sofrendo aos direitos trabalhistas e sociais e ao emprego, o momento de luta foi encarado como importante, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), descaradamente, convoca atos em defesa do fechamento do Congresso Nacional. Também será retomada, na data, a denúncia da Medida Provisória (MP) 905, que instituiu a carteira de trabalho verde e amarela.

Participação dos docentes de Pelotas

A Greve Nacional da Educação, ainda que compartilhe reivindicações e pautas de luta semelhantes, não deve ser confundida com a Greve Docente. A primeira será realizada por tempo determinado (24 horas), e a segunda, por tempo indeterminado. A do dia 18 de março será construída de maneira unitária por diversas entidades e movimentos. Já a Greve Docente, inicialmente, será organizada pelo ANDES-SN.

A participação dos docentes da UFPel e do IFSUL-CaVG em ambos os movimentos paredistas ainda deve ser deliberada em Assembleia Geral da categoria. A ADUFPel-SSind convocou Assembleia para o dia 12 de março, uma quinta-feira, às 17h, no Prédio do Direito (Félix da Cunha 363).

A definição de deflagração da Greve Docente ainda passará por mais um espaço de discussão, a Reunião Conjunta dos Setores das Instituições Federais (Ifes) e Estaduais e Municipais (Iees/Imes) do ANDES-SN, que será realizada nos dias 14 e 15 de março, em Brasília (DF).  

Reunião das centrais sindicais

Na quinta (27), houve reunião das centrais sindicais brasileiras para debater as ações de luta do próximo mês. O encontro foi realizado em São Paulo (SP), na sede do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos (Dieese).

“Há que barrar os projetos de Bolsonaro, mas só podemos fazê-lo nas lutas e nas ruas”, afirmou Luis Carlos Prates, o Mancha, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, na reunião.

As entidades presentes às reuniões decidiram que se somarão à preparação do dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, nos diversos estados brasileiros como parte do calendário geral de mobilizações.

As Centrais Sindicais também estarão nas ruas onde forem realizadas atividades em 14 de março, data em que foram assassinados a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes há dois anos, sem qualquer punição aos responsáveis pelo crime.

Calendário da Jornada de Lutas de Março

3 de março: Indicação de greve nacional dos trabalhadores dos Correios

3 de março: atividade em Brasília em defesa da democracia

8 de março: Dia Internacional de Lutas das Mulheres

12 de março: Assembleia Geral dos Docentes da UFPel e do IFSUL-CaVG

14 de março: Dia de luta por Marielle Franco

14 e 15 de março: Reunião dos Setores do ANDES-SN em Brasília

18 de março: Greve Nacional da Educação com Dia Nacional de Lutas, Protestos e Paralisações

Assessoria ADUFPel com informações e imagens de Assessoria ADUFPel e CSP-Conlutas.