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Notícia

‘21 dias de ativismo contra o racismo’ busca ampliar a luta por uma Pelotas antirracista

“Não vamos nos calar. Vamos continuar pautando o assunto e construindo uma Pelotas antirracista.” diz diretora da ADUFPel, Miriam Alves


Entre os dias 5 e 28 de março, acontecem, em Pelotas, atividades para o fortalecimento da luta contra o racismo. As ações integram a campanha “21 dias de ativismo contra o racismo”, que propõe, em todo o país, a realização de uma série de eventos, organizados de forma coletiva, pela passagem do 21 de março - data histórica para o movimento negro. 


O período, além disso, tem como objetivo reforçar a importância da mobilização contra a discriminação racial e qualquer forma de intolerância, ao ocupar espaços da sociedade para o debate, a reflexão e o enfrentamento a essas questões. 


Em Pelotas, evento tem como ponto de partida a Marcha da Consciência Negra Mestra Griô Sirley Amaro, ocorrida em novembro de 2019. E, segundo a diretora da ADUFPel, Miriam Alves, que também participa da organização, “a ideia é dar continuidade e unidade política à luta antirracista ao pautar o 20 de novembro durante o ano todo”.


Está prevista uma jornada de atividades idealizadas pelo Movimento Negro e organizadas por coletivos, associações e sindicatos, entre eles a ADUFPel-SSind. As ações estarão integradas ao Dia Internacional de Lutas das Mulheres (8 de março), aos dois anos da execução de Marielle Franco (14 de março) e à Greve Nacional da Educação Pública (18 de março). 


A primeira atividade, realizada no dia 5, será articulada junto ao 8M. Acontecerá uma roda de conversa intitulada “Luta Política de Mulheres Negras - Trajetórias e Perspectivas”, às 18h, no Mercado Central de Pelotas. A programação completa pode ser conferida abaixo. 


História da data

O dia 21 de março ficou marcado como o Dia internacional Contra a Discriminação Racial a partir de 1960, quando na África do Sul, durante o regime do Apartheid, milhares de manifestantes em caminhada pacífica foram atacados pela polícia. O massacre resultou em 69 mortos e mais de 180 feridos. O mesmo ocorreu em Langa, na periferia da Cidade do Cabo, onde houve mais 3 mortos e 26 feridos. Como uma maneira de lembrar esse dia e refletir sobre a luta antirracista, é que essa data foi instituída.


Pelotas e o colonialismo racista

A população negra, historicamente oprimida pelo racismo, em um momento de intensificação dos ataques à democracia e aos direitos da população, é a que mais sofre os impactos das medidas impostas pelo governo. Em Pelotas, a situação não é diferente. A cidade mantém, até hoje, resquícios da escravização. Jovens e mulheres, em especial, sofrem ainda mais com as desigualdades econômica e social, com a perseguição policial e com a tentativa, pelo poder público, de enfraquecimento da cultura popular. 


“Pelotas é uma cidade que vive a lógica colonialista em seu cotidiano, que não faz a crítica do quanto essa cidade foi forjada a partir do genocídio da população negra; que possui uma comunidade quilombola que é fruto da escravização moderna, cujas empresas de carvão se utilizavam da mão de obra de pessoas fundamentalmente negras e que em um dado momento dessa cidade, muitas fugiram e foram parar em uma comunidade que se tornou o Cerrito Alegre, e que estava até a pouco inviabilizada”, ressalta. 


Segundo Miriam, em nossa sociedade, as relações são estruturadas pela hierarquização de classe, gênero e raça. Diante disso, avalia que há, no município, uma grande demanda pelo movimento político organizado de explicitar a intersecção entre racismo, sexismo e classicismo.  


Confira a programação “21 dias de ativismo contra o racismo”

Quinta, 5 de março de 2020

“A luta política das mulheres negras: trajetória e perspectivas”

Horário: 18h

Local: Mercado Público


Sábado, 7 de março de 2020

“Mulher, seja seu próprio padrão e roda de conversa sobre estética e beleza Negra"

Horário: 14h 

Local: Restaurante Popular


Quarta, 11 de março de 2020

“Violência silenciadas contra as Mulheres: na ciência, na política, no cotidiano”

Horário: 18h30

Local: Saguão Campus II UFPEL.


Sábado, 14 de março de 2020

“Somos todos Sementes de Marielle”

Horário: 9h30

Manifestação de rua


Terça, 17 de março de 2020

“Acolhida dos calouros Negras e Negros, Indígenas e Quilombolas”

Horário: 17h  


Assessoria ADUFPel





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