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25 de julho: Dia Internacional Latino-Americano e Caribenho da Mulher Negra

Nesta segunda-feira (25), comemorou-se o Dia Internacional Latino-Americano e Caribenho da Mulher Negra, data que é marcada pela homenagem à Teresa de Banguela. “Rainha Tereza”, como ficou conhecida em seu tempo, viveu no século XVIII no Vale do Guaporé, no Mato Grosso. Ela liderou o Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro, José Piolho. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 negros e 30 índios. O quilombo resistiu da década de 1730 até o final do século XVIII. Tereza foi morta após ser capturada por soldados em 1770.

Lila Cristina Xavier Luz, 1ª vice-presidente da Regional Nordeste I e uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Política de Classe para Questões Etnicorraciais, Gênero e Orientação Sexual (GTPCEGDS) do ANDES-SN, explica que a data serve para reafirmar a necessidade de realizar debates sobre a violência sofrida pelas mulheres negras cotidianamente. “As mulheres ainda têm pouco espaço na política sindical, e é necessário que as nossas demandas sejam debatidas no âmbito sindical. É necessário que falemos sobre a violência que sofremos, que não tenhamos vergonha ou medo de pautar nossas demandas”, comenta a docente.

I Encontro Nacional de Mulheres Negras do MML

Não por acaso o mês de julho, que também marca o Dia da Mulher Africana no próximo domingo (31), foi escolhido para ser realizado o I Encontro Nacional de Mulheres Negras do Movimento Mulheres em Luta (MML), filiado à CSP-Conlutas. O encontro, que teve como tema “Mulheres Pretas têm História”, foi realizado nos dias 23 e 24, em São Paulo (SP).

O evento teve a mesa de debate “Machismo, racismo e as barreiras enfrentadas no mundo do trabalho”, com a presença de Dayse Oliveira, educadora e dirigente sindical do SEPE-RJ, e Raquel Paula, militante do MML e dirigente sindical nacional dos Correios. Houve, também, a realização de oficinas com os temas:  Turbantes; Maracatu; Hip Hop; Cinema; Customização de roupas; Brincos; Maquiagem; e Bonecas Abayomi.

De acordo com a CSP-Conlutas, o encontro “Mulheres Pretas têm História” representou uma homenagem à ancestralidade e à defesa da luta pelos direitos das mulheres negras brasileiras. O tema escolhido remeteu à resistência das mulheres negras diante das inúmeras violações sofridas há tantos séculos. A ideia de realizar o Seminário surgiu no Primeiro Encontro Nacional do MML, a partir do Grupo de Trabalho de Mulheres Negras em outubro de 2013. Desde então, as mulheres que se organizam no MML espalhadas pelo Brasil se articularam em seus municípios, estados e também nacionalmente para garantir que essa resolução se tornasse uma realidade.

Para Marcela Azevedo, membro da Coordenação Nacional do MML, foi impossível não se emocionar com tantas mulheres vindas de diferentes regiões do país: “Todas as falas deste Seminário nos fortaleceram enquanto mulheres negras e indígenas que somos, e não apenas força de trabalho de um sistema que nos explora, ignora e exclui”, finalizou.

Com informações de CSP-Conlutas e Geledés. 

 Fonte: ANDES-SN

 

 

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