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Notícia

28 de março: Dia Nacional de Lutas dos Estudantes Brasileiros

Hoje, 28 de março, é um dia histórico para o movimento secundarista. A data ficou conhecida como Dia Nacional de Lutas dos Estudantes Brasileiros em homenagem ao estudante Edson Luís, assassinado por policiais militares em 1968, no Rio de Janeiro, durante a ditadura empresarial-militar.

O Dia de Luta foi incorporado ao calendário dos docentes federais como “Dia Nacional em Defesa da Educação Pública e contra a Reforma da Previdência” e em todo o país ocorrem manifestações.

A mobilização integra a Jornada de Lutas do mês de março, definida em conjunto pelas entidades da Educação Nacional. Durante o 38º Congresso do ANDE-SN, os docentes deliberaram “que o ANDES-SN em articulação com as entidades da educação nacional, FASUBRA, SINASEFE, UNE, ANPG, UBES, FENET, CNTE centrais sindicais e movimentos sociais, realize uma Jornada de Lutas no mês de março, com destaque para as seguintes datas: dia 8 de março com paralisação (Dia Internacional da Mulher); 14 de março (Dia nacional de luta contra a criminalização dos movimentos e dos lutadores sociais - 1 ano de assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes) e 28 de março (Dia nacional em defesa da Educação Pública - dia do assassinato do estudante Edson Luís)”.


Para que nunca mais aconteça

O dia 28 de março foi escolhido simbolicamente para lembrar a repressão ocorrida durante a ditadura empresarial-militar no Brasil. Nesta data, em 1968, Edson Luís foi assassinado por policiais militares durante uma manifestação estudantil, no centro do Rio de Janeiro. Cerca de 300 estudantes protestavam contra o preço e a qualidade da comida no restaurante estudantil Calabouço.

O local foi invadido pela PM, que disparou contra os manifestantes. Além de Edson, Benedito Frazão Dutra também morreu vítima da ação policial. Baleado a queima-roupa, Dutra foi levado para o hospital, mas não resistiu ao ferimento. Em meio à confusão, durante a investida da polícia, os estudantes conseguiram resgatar o corpo de Edson Luís. O carregaram em passeata pelo centro do Rio até as escadarias da Assembleia Legislativa, na Cinelândia, onde foi velado.

A autópsia foi feita no próprio local, sob o cerco da Polícia Militar e de agentes do Dops. Do velório até a missa, realizada na Igreja da Candelária, em 2 de abril, foram mobilizados protestos em todo o país.

Em São Paulo, 4 mil estudantes fizeram uma manifestação na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Também foram realizados protestos no Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, na Escola Politécnica da USP, e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

No Rio de Janeiro, a cidade parou no dia do enterro. Os cinemas da Cinelândia amanheceram anunciando três filmes: “A noite dos Generais”, “À queima roupa” e “Coração de luto”.

“Bala mata fome?”, “Os velhos no poder, os jovens no caixão”, “Mataram um estudante. E se fosse seu filho?” e “PM = Pode Matar”. Essas eram algumas das palavras de ordem presentes nas faixas e cartazes da multidão que também protestava.

Edson Luís foi enterrado ao som do hino nacional brasileiro, cantado pela população. Na manhã de 4 de abril, foi realizada a missa de sétimo dia, na Igreja da Candelária. Ao término da cerimônia religiosa, as pessoas que deixavam a igreja foram cercadas e atacadas pela cavalaria da polícia militar a golpes de sabre. Dezenas ficaram feridas.

 

Fonte: ANDES-SN

*Com informações da UNE e edição de Assessoria ADUFPel-SSind

 

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