30 de setembro é Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Serviços Públicos
O funcionalismo está organizando um Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Serviços Públicos, com manifestações, protestos e paralisações para o dia 30 de setembro (quarta-feira). Mobilizada desde que a proposta da Reforma Administrativa foi enviada ao Congresso Nacional, a categoria luta contra a desestruturação dos serviços públicos, as privatizações e a retirada de direitos garantidos constitucionalmente. Docentes da UFPel e IFSul-CaVG, conforme decisão em Assembleia, estarão paralisados na data.
Segundo aponta a CSP-Conlutas, que reforça a importância da adesão ao Dia de Luta, a pandemia mostrou ser urgente investimentos em saúde, educação, assistência social, habitação e transporte público, bem como a ampliação dos serviços públicos e a garantia de que sejam gratuitos e de qualidade. A partir de uma Reforma Administrativa, o governo Bolsonaro/Mourão/Guedes objetiva fragilizar esses serviços básicos, baseado na ideologia do Estado mínimo, apenas beneficiando ainda mais os ricos, banqueiros e alto empresariado.
Segundo a Central, as trabalhadoras e os trabalhadores dos setores públicos também precisam ser reconhecidos e preservados. “Se essas necessidades já não são atendidas satisfatoriamente, imagine só se estiverem nas mãos de empresários, que só querem saber dos seus próprios lucros, ou se tiverem redução de cargos para o atendimento à população? (...) Não queremos mais a mamata de sempre, que só beneficia de fato os chamados “cabides de emprego”, os super ricos, os banqueiros e o alto empresariado”.
Desmonte é projeto do governo
Não são recentes os ataques do governo federal ao funcionalismo público. Enquanto o governo chama os servidores de parasitas e tenta enfraquecê-los, flerta com o mercado para oferecer os serviços públicos à empresas privadas, assim beneficiando familiares e setores que mais lhe convenham.
Empresas públicas de diversos setores, como petróleo, banco, correios, eletricidade, saneamento e transporte público, estão sob a ameaça de extinção ou de privatização total ou parcial, com venda de subsidiárias ou ações na Bolsa de Valores. A lógica privatista e de retirada de conquistas, presente em todas as Reformas já encaminhadas pelo governo ao Congresso Nacional, resultam somente na destruição dos direitos trabalhistas e sociais e sacrificam os trabalhadores, sem acabar com privilégios.
Adesão dos docentes da UFPel e do IFSul-CaVG
Em Assembleia Geral Virtual da ADUFPel, realizada no dia 17 de setembro, docentes deliberaram por paralisar todas as atividades remotas em 30 de setembro contra a Reforma Administrativa, conforme indicação de entidades sindicais e movimentos sociais.
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Assessoria ADUFPel com informações de CSP-Conlutas
Imagem: CSP-Conlutas