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Notícia

8 de março é Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Direitos da Mulher

Em Pelotas, atividades estão sendo organizadas pela Frente em Defesa do Serviço Público, das Conquistas Sociais e Trabalhistas

 

O Dia Internacional da Mulher (8 de março) será um dia de luta contra a discriminação de gêneros. Em Pelotas, a Frente em Defesa do Serviço Público, das Conquistas Sociais e Trabalhistas, integrada por sindicatos e movimentos sociais, entre eles a ADUFPel-SSind, está preparando uma série de atividades para a data. O “Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Direitos da Mulher” tem como eixos violência contra a mulher, segurança, políticas públicas, retirada de direitos trabalhistas e Contrarreforma da Previdência.

 

Este ano, o Dia Internacional da Mulher deve ser marcado por paralisações. Mulheres do mundo inteiro preparam-se para cruzar os braços na data e ir às ruas manifestar-se. No Brasil, as principais pautas do movimento, além do repúdio à violência e opressão de gênero, dizem respeito às medidas duras do governo de Michel Temer.

 

Em Pelotas, atividades ocorrerão durante todo o dia 8. Às 8h, acontece uma audiência pública na Câmara Municipal de Pelotas. Partirá da própria audiência, com concentração a partir das 11h, uma caminhada até o prédio do INSS, onde ocorrerá uma intervenção artística em protesto à Contrarreforma da Previdência (Proposta de Emenda à Constituição 287/2016). A partir das 14h, no Chafariz da Andrade Neves, haverá panfletagem junto a atividades realizadas pela Tenda Feminista. Logo após, às 16h, tem debate sobre Gênero e Saúde Mental também no Chafariz, junto a Tenda do Afeto, seguido de ato público “Ato Público: Se nossas vidas não importam, que produzam sem nós!”, às 17h. Às 20h30, no Buteco da Filosofia (Bar do Zé), será apresentado um vídeo seguido de debate.eo seguido de debate.

 

A ADUFPel-SSind articula, em parceria com o coletivo Ana Montenegro, uma série de apresentações de filmes nos bairros, seguindo a temática de luta das mulheres. Mais informações serão divulgadas em breve.

 

Contrarreforma da Previdência atinge duramente as mulheres

 

Enfrentar a Contrarreforma da Previdência é defender, também, os direitos das mulheres, que constituem um dos segmentos mais afetados pelo projeto. Sob o pretexto de que as mulheres, em média, têm uma expectativa de vida maior (sete anos a mais) do que os homens, o governo pretende aumentar a idade mínima para a aposentadoria. Se forem servidoras públicas ou trabalhadoras rurais, trabalharão mais dez anos; se forem professoras da educação básica, trabalharão mais quinze anos.

 

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 88% das mulheres com mais de 16 anos realizam trabalhos domésticos, contra 46% dos homens. Esse trabalho não remunerado, somado ao trabalho pago, é de 56,4 horas semanais, enquanto que o dos homens é de cinco horas a menos, aproximadamente. O resultado disso é que mulheres trabalham mais ao longo da vida e, mesmo aposentadas, cumprem tarefas domésticas que são omitidas no orçamento do Estado.

 

A Contrarreforma também torna ainda maior a desigualdade salarial. A renda de mulheres no mercado formal de trabalho corresponde a 75% da renda masculina. Já no informal, corresponde a 65%, dificultando a aposentadoria.

 

Mulheres negras são submetidas a trabalhos ainda mais precários e nos piores postos do mercado. Cerca de 6 milhões de mulheres são empregadas domésticas e mais da metade são negras. Muitas não têm carteira assinada, o que obstrui o direito à aposentadoria O seu trabalho ainda é desvalorizado e deixa sequelas físicas e psicológicas dentro de uma cultura racista e que não reconhece os seus direitos.

 

As mulheres também ocupam 80% das vagas de professores/as da educação básica no Brasil. A PEC 287/2016, assim como as reformas educacionais e cortes de verbas para a educação, aumenta a precarização do trabalho de mulheres que já lidam diariamente com condições inadequadas e poucos recursos. Ainda, ataca o direito das docentes de ensino básico federais, estaduais e municipais de usufruir da aposentadoria especial, que é dada a trabalhadoras/es que são submetidas/os a serviços desgastantes ou arriscados. Para a concessão da aposentadoria especial, será avaliado apenas se determinado trabalhador exerce ou não atividades que causem danos à saúde.

 

Contra esses ataques, unidas e fortalecidas, as mulheres estarão nas ruas no dia 8 de março. Juntas lutarão contra o machismo, a violência, a retirada de direitos e a opressão.

 

Programação

 

8h – Audiência pública na Câmara Municipal de Pelotas

 

11h – Concentração na Câmara para caminhada até o INSS, onde ocorrerá intervenção artística em protesto à Contrarreforma da Previdência

 

14h - Tenda Feminista na Esquina Democrática (Chafariz do Calçadão) - a tenda estará aberta para manifestações e exposição de trabalhos de mulheres

 

16h – Debate sobre Gênero e Saúde Mental, também no Chafariz

 

17h - Ato Público: Se nossas vidas não importam, que produzam sem nós!, no Chafariz

  

20h30 – Apresentação de filme e debate no Buteco da Filosofia (Bar do Zé)

 

Assessoria ADUFPel

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