8 de Março: mulheres saem às ruas do mundo para lutar por direitos
Hoje, 8 de Março, Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora, acontece a Greve Internacional de Mulheres. Nas ruas de todo o mundo, as mulheres lutarão contra o machismo, a desigualdade de gênero, os feminicídios e os projetos que atacam seus direitos. No Brasil, uma das principais bandeiras das mulheres será o combate à Reforma da Previdência apresentada recentemente por Jair Bolsonaro.
Eblin Farage, secretária-geral do ANDES-SN, afirma que são muitos os
motivos que farão as mulheres saírem às ruas do mundo na sexta-feira. Ela
avalia que as mulheres, no conjunto das lutas da classe trabalhadora, foram
pouco a pouco avançando na conquista de direitos. E que, no Brasil e no mundo,
o pouco que foi conquistado está sob ameaça.
“Os nossos motivos para sair às ruas são os motivos que devem levar a
classe trabalhadora às ruas, agregados aos motivos específicos da necessidade
de lutar pela existência da vida das mulheres: como o combate às diversas
formas de violência de gênero, à violência institucional, à violência racial”,
comenta.
Eblin cita como fundamental a luta contra a Reforma da Previdência. “A
Reforma da Previdência é danosa para as mulheres, em especial às mulheres
trabalhadoras rurais. O governo quer levar as mulheres à impossibilidade de se
aposentar. Quer que as mulheres trabalhem até morrer”, critica a docente.
A secretária-geral do ANDES-SN ressalta que o 8 de Março pode ser um
marco na retomada da mobilização contra o governo Bolsonaro e contra o conjunto
de medidas que ele vem apresentando. “Nossa grande esperança é que o 8M seja o
primeiro grande dia de luta nesse governo. Essa é a aposta do ANDES-SN quando
adere à Greve Internacional de Mulheres e aos atos unitários em todo o país. No
8M vamos abrir, diante desse novo governo, uma ofensiva contra a retirada de
direitos”, diz Eblin.
ANDES-SN participará da Greve Internacional de
Mulheres
O ANDES-SN aprovou, em seu 38º Congresso, participação na construção da
Greve Internacional de Mulheres. O Sindicato Nacional indica a paralisação das
e dos docentes neste dia. “Fazemos um chamado para que as professoras e
professores estejam nas ruas nesse 8 de Março. Que essa mobilização continue
até que derrotemos a Reforma da Previdência”, afirma Eblin Farage,
secretária-geral do ANDES-SN.
Bandeiras do 8 de Março
O 8 de Março de 2019 será marcado por uma série de lutas fundamentais do
movimento de mulheres. A Greve Internacional de Mulheres ocorrerá poucos dias
antes de que se complete um ano do assassinato de Marielle Franco e de Anderson
Gomes. A vereadora carioca será lembrada nas manifestações de todo Brasil por
sua defesa intransigente dos direitos das mulheres. Marielle é reconhecida,
especialmente, por lutar em defesa das mulheres negras, pobres e moradoras das
periferias. Também se cobrará justiça pelos assassinatos, ainda não resolvidos.
Outra bandeira que estará presente nas manifestações brasileiras e
internacionais é o direito ao aborto. Enquanto as mulheres de alguns países do
mundo conquistam a descriminalização e a legalização do aborto, no Brasil o
tema caminha na contramão.
O projeto de Reforma da Previdência, recentemente apresentado por Jair
Bolsonaro, também estará na pauta do 8 de Março. A Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 6/2019 ataca os direitos de toda a classe trabalhadora, mas
especialmente das mulheres. O governo desconsidera que as mulheres têm dupla ou
tripla jornada de trabalho. A PEC impõe às mulheres a necessidade de trabalhar
por 40 anos para ter direito à aposentadoria integral.
Origem socialista do Dia Internacional de Luta da
Mulher Trabalhadora
A data tem uma origem socialista, que foi apagada ao longo dos anos,
principalmente durante o período da Guerra Fria. Em 8 de Março de 1917 (23 de
fevereiro no calendário juliano), foi realizada uma manifestação de tecelãs e
costureiras russas de São Petersburgo. Elas protestaram contra a fome e contra
a I Guerra Mundial.
O ato, posteriormente, foi considerado como um dos estopins da Revolução Russa, que ocorreu no final do ano. Em 1921, em Moscou, A 1ª Conferência de Mulheres Comunistas fixou o dia de 8 de Março como data unificada em honra às operárias de São Petersburgo. A data foi, em seguida, adotada pelos movimentos de mulheres de todo o mundo.
13h - Feira no Largo do Mercado - exposição de produtos das mulheres do MST, artesanato quilombola, economia solidária, Tenda do Afeto, Ciranda para recreação infantil e banca de livros do IMA.
14h - Roda de Conversa “Os impactos das violências e Reforma da Previdência em nossas vidas como mulheres”
14h às 16h – Práticas de cuidado como reiki, barras, rezo e limpeza com cachimbo.
16h – Dança circular
17h – Concentração para o Ato no Largo do Mercado, junto à feira
18h – Ato a partir do largo do Mercado Público
Fonte: ANDES-SN
*Com inclusão de informações de ADUFPel-SSind