ANDES-SN se reúne com reitores dos Institutos Federais para comunicar a greve
O ANDES-SN realizou, na tarde dessa quarta-feira (20), reunião com o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), entidade que agrega os reitores dos Institutos Federais (IF). Os diretores do Sindicato Nacional apresentaram a pauta de reivindicações dos docentes federais ao Conif, e debateram a conjuntura da educação e a greve que inicia no dia 28 de maio.
Walcyr Barros, 3º tesoureiro, e Marco Antonio Perruso, 2º vice-presidente da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN, falaram à diretoria do Conif sobre a situação da educação federal. Para o Sindicato Nacional, a educação vive uma crise que se acentuou com os recentes cortes orçamentários e tem se expressado no não pagamento dos trabalhadores terceirizados e em outros problemas vividos.
Marco Antonio apresentou aos presentes a pauta de reivindicações, que inclui a defesa do caráter público da educação, a luta por melhores condições de trabalho, a reestruturação da carreira e o reajuste salarial.
Belchior de Oliveira Rocha, presidente do Conif, respondeu que sabe que há dificuldades financeiras em muitas áreas, e que espera que a educação passe por menos problemas, citando o lema “Pátria Educadora” da presidente Dilma Rousseff como uma demonstração de que a área seria prioridade para o governo. Belchior afirmou que há grande expectativa do Conif sobre qual será o tamanho do contingenciamento proposto pelo governo federal em decreto que deve ser divulgado ainda nessa semana.
O presidente do Conif ressaltou a importância de a educação federal manter seu orçamento para que possa funcionar plenamente. O vice-presidente do Conif, Marcelo Bender Machado, considerou louvável o fato do ANDES-SN procurar os gestores para conversar antes do início da greve da educação federal.
Walcyr Barros, ao fim da reunião, lembrou os presentes da angústia vivida pelos trabalhadores terceirizados e pelos estudantes da educação federal, apontando que a luta dos trabalhadores do setor público e do setor privado são uma só, e que as medidas de ajuste fiscal deveriam atingir não os trabalhadores, mas sim os 'ricos e poderosos' com, por exemplo, a aprovação do imposto sobre grandes fortunas.