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Assembleia da ADUFPel aprova indicativo de greve e paralisação no dia 18 de março

A Assembleia Geral (AG) da ADUFPel-SSind, ocorrida nesta quinta-feira (12), no auditório da Faculdade de Direito, aprovou, por unanimidade, indicativo de greve por tempo indeterminado e paralisação no dia 18 de março, em adesão à Greve Nacional da Educação. As deliberações serão encaminhadas à reunião dos Setores das Federais, Estaduais e Municipais, que acontece neste final semana em Brasília (DF). 


A AG contou com a presença dos diretores do Sinasefe IFSul e do ASUFPel-Sindicato, que apresentaram informes de como está a mobilização das suas categorias e a perspectiva para o próximo período. As entidades também manifestaram apoio à luta dos docentes. Pelo Sinasefe, estiveram presentes os diretores Daniel Vieira Essinger e José Ricardo Nogueira, que falaram sobre a importância da mobilização conjunta que está sendo construída pelos sindicatos locais. 


Em relação à Greve da Educação, os dirigentes ressaltaram que o Sindicato já está preparando a base para o movimento de resistência. Essinger destacou que “por absurdo que pareça”, existe um racha na direção nacional em que parte posiciona-se contrária à greve. Nesse sentido, conta que está sendo construído um movimento de base para tensionar a direção para deliberar e organizar um movimento de greve por tempo indeterminado, cuja decisão favorável já foi deliberada na última Assembleia da categoria. “A cada dia, a gente tem um ataque novo e, na avaliação na nossa base sindical, não há outra saída a não ser entrar em greve por tempo indeterminado”, avaliou Essinger. 


Ainda sobre a greve, os Técnico-Administrativos em Educação (TAEs), representados pelos diretores do ASUFPel, Mateus Tavares, Liliane Griep e Mara Beatriz Gomes, comentaram que a Fasubra, entidade nacional, em plenária de dezembro de 2019, encaminhou para a construção de uma Greve Geral e compreende que, para ser forte, a mobilização tem que ser construída por todos os setores da educação. Na próxima quarta-feira, será realizada Assembleia da categoria para decidir a participação no ato do dia 18. 


Docentes aprovam moção de apoio à luta dos técnicos

Os técnicos também relataram o debate que vem ocorrendo na Universidade em relação aos turnos contínuos. Nos últimos anos, a partir de um conjunto de conquistas, quase 95% dos TAEs estão trabalhando em regime de 30h, em turnos contínuos. No entanto, no final do ano passado, a gestão atual da Universidade revogou as portarias que autorizavam o regime de trabalho dessa forma, apesar do posicionamento contrário dos técnicos. 


Desde então, os servidores estão mobilizados e deliberaram em AG que não aceitariam a revogação dessas portarias. O assunto é grave, já que os trabalhadores vêm sendo pressionados, coagidos por suas chefias e ameaçados de terem os salários cortados, conforme salienta Griep. “Essa luta não é só nossa, não é só do técnico-administrativo, porque ela afeta toda a cadeia de produção, de tudo dentro da Universidade”, salienta Griep. Dessa forma, foi proposta, por docentes, e aprovada uma moção de apoio à luta dos TAEs e pela abertura de negociação com a Reitoria.


Greve por tempo indeterminado e Greve Nacional da Educação 

Assim que dados os informes, a Assembleia teve prosseguimento com os próximos pontos de pauta, que trataram da participação da categoria na Greve Nacional da Educação de 18 de março e do indicativo de greve docente por tempo indeterminado. A presidente da ADUFPel, Celeste Pereira, ressaltou que este é um dos piores momentos que estamos vivenciando em relação à educação no país, em uma perspectiva geral. Viemos sofrendo uma série de ataques e retirada de direitos conquistados historicamente com muita luta, como impedimento de concursos, redução de salários, bloqueios de verbas, impedimentos de progressões e promoções na carreira, entre tantos outros. 


“Nós entendemos que o ocorre hoje é que há efetivamente uma subordinação ao sistema de exploração do capital defendido pelo Trump e todos os seus apoiadores. Esse governo vem para dar cabo a questões que estão sendo colocadas desde a época do FHC na perspectiva da restrição do direito dos trabalhadores”. 


Segundo Pereira, não há outra saída, a não ser Greve Geral. Ela, ainda, relembrou a luta dos servidores estaduais, que mantiveram-se em greve por dois meses. “Eu espero que o medo não nos vença. Eu não quero ver a gente perder para a gente mesmo. Eu acho que nós só temos uma saída, que é lutar! O jeito de lutar e a força que a luta vai ter quem vai dar o tom somos nós. (...) Nós não podemos fugir da luta porque, daqui a pouco, nós vamos ter o salário cortado sem ter feito greve e, depois, vamos perder o emprego”. 


Encaminhamentos 

Após as discussões, as proposições da diretoria da ADUFPel foram unanimemente aprovadas por todos. Nos dias 14 e 15, as deliberações serão encaminhadas à reunião dos Setores das Federais, Estaduais e Municipais, que acontece em Brasília (DF).  Na capital federal, serão avaliados os resultados das assembleias de dezenas de universidades federais e estaduais do país e, a partir disso, o ANDES-SN poderá indicar uma nova rodada de assembleias pelo Brasil para deflagrar a Greve Docente.


A decisão da Assembleia da ADUFPel segue indicação do Sindicato Nacional, que durante seu último Congresso, deliberou que docentes somem-se à Greve Nacional da Educação em 18 de março, convocada inicialmente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e agora se agregam também as Centrais Sindicais na convocação desta agenda. Os esforços serão para realizar um dia de Greve conjunta com os docentes das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior e, também, com os Servidores Públicos Federais e outras categorias de trabalhadores do setor privado. 


Assessoria ADUFPel

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