Assembleia da ADUFPel reafirma participação no Dia de Luta (18) e debate calendário acadêmico
Em Assembleia da ADUFPel, realizada na última sexta-feira (14), na sede da Major Cícero, docentes deram seguimento à discussão sobre calendário acadêmico e reafirmaram a participação da categoria no Dia Nacional de Luta Contra o Confisco das Verbas da Educação, que acontece nesta terça-feira (18), a partir das 16h30, no largo do Mercado Central.
O assunto do calendário voltou a ser pautado na Assembleia anterior, em 27 de setembro. A demanda ressurgiu devido à forma aligeirada como ocorreu o processo de aprovação e sem debate com a comunidade. Naquele momento, foi estabelecido o envio de um documento à Reitoria, no qual foi solicitada a exposição de argumentos que justificassem a proposta e o fato da mesma contradizer o que foi acordado no plebiscito organizado pela própria reitoria. A ADUFPel também solicitou que qualquer assunto relacionado ao tema não fosse encaminhado ao Cocepe sem passar por discussão ampliada, o que não ocorreu.
O calendário acabou sendo apreciado na quinta-feira passada (13) e aprovado com apenas um voto contrário e uma abstenção. Conforme atentou a presidenta da ADUFPel, Regiana Wille, questões elencadas no documento construído pela Seção Sindical, em relação à validade e ilegalidade da proposta, também não foram consideradas. O argumento utilizado pela gestão foi de que o calendário é válido e respaldado por garantia jurídica.
“A resposta não nos convenceu, porque não existe nenhum documento afirmando que isso possa ser validado. Nós consideramos que a aprovação foi feita à revelia da comunidade, sem ouvir docentes, estudantes e os técnico-administrativos. Infelizmente, é isso que tem acontecido”, apontou Regiana.
Após manifestações dos/as professores/as em relação à proposta e de que maneira ela contribui para a precarização do trabalho, foram encaminhados que a Seção Sindical consultará a Procuradoria Jurídica da Universidade sobre a redução de dias letivos (fundamentos e legalidade da proposta), utilizando como base o parecer da Assessoria Jurídica da ADUFPel.
Ainda, foi aprovada uma nota de manifesto da Assembleia Geral, dispondo nela a posição contrária ao método utilizado e sobre a própria aprovação. Ainda, definiram a promoção de um debate com as entidades representativas, manifestando esse posicionamento ao calendário aprovado, e sugestão de organização conjunta buscando sua reversão. Além de indicar a realização de um breve levantamento sobre a posição dos estudantes acerca da retenção.
Dia de Luta em Defesa da Universidade
O Dia Nacional de Luta Contra o Confisco das Verbas da Educação também integrou a pauta do dia e, depois de debate, foi deliberada a presença da ADUFPel como protagonista junto das demais entidades no dia 18 e na agenda de lutas - em todas as atividades locais e nacionais que estejam sendo chamadas para defender a educação, a saúde, as políticas e os serviços públicos, contra os cortes, contra a PEC 32 (Contrarreforma Administrativa) e nas lutas em defesa da classe trabalhadora.
A manifestação, que acontece nesta terça-feira (18), a partir das 16h30, no largo do Mercado Central, busca ocupar as ruas da cidade para denunciar os ataques do governo federal à educação pública. No município, o protesto é organizado pela ADUFPel, ASUFPel, Conselho de CAs e DAs da UFPel, Sinasefe, Grêmio Estudantil do CAVG, Simp e Cpers.
“Mesmo com esse recuo do governo em relação ao bloqueio orçamentário, é necessário continuarmos mobilizados, na rua, contra o que já foi retirado, pois não há condições de seguirmos dessa forma. Devemos estar mobilizados em função das eleições, mas também para pressionar esse governo genocida, que está acabando com tudo que pode ser feito em relação a nossa Universidade, e para demonstrar o nosso descontentamento”, frisou Regiana.
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Assessoria ADUFPel