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Notícia

Docentes voltam a debater calendário acadêmico em Assembleia da ADUFPel

O debate sobre o calendário acadêmico foi retomado pelos docentes em Assembleia Geral Permanente da ADUFPel, realizada nesta terça-feira (27), na nova sede da Seção Sindical. Na ocasião, também foram selecionados a delegada e os observadores do 14º Conad Extraordinário do ANDES-SN.


Transcorrido o período de um ano após a formação da comissão responsável pela avaliação do calendário acadêmico de 2022, resultante de deliberação de Assembleia, com o intuito de subsidiar os debates, professores e professoras voltaram a pautar o assunto. As preocupações da categoria, apresentadas naquele momento, vem novamente à tona.


Mais uma vez, conforme evidenciou a presidenta da ADUFPel, Regiana Wille, é preciso enfatizar as mesmas necessidades diante de um calendário organizado pela administração superior da Universidade sem a precedência de avaliação coletiva. “Nós estamos novamente aqui e o que aconteceu 364 dias depois? Aconteceu que o debate não ocorreu”, ponderou. 


A diretora relembrou que questões elencadas no documento, apresentado pela comissão em 28 de setembro de 2021, continuam presentes. Entre elas, destacou que permanece imprescindível a avaliação do trabalho desempenhado durante todo o período remoto emergencial. Também refletiu sobre quais os conceitos de democracia estão sendo considerados, neste momento, para a tomada de decisões.


Outro elemento apontado por Regiana refere-se à participação de docentes, técnico-administrativos e estudantes para a discussão acerca do que deve nortear o calendário, considerando, principalmente, a “qualidade” da educação. De acordo com ela, não ficou explícito, por parte da Reitoria, que não há uma dívida em relação ao calendário. “No que vem sendo dito, parece que nós temos uma dívida para com os discentes, que nós temos que pagar com o suor do nosso trabalho precarizado”, afirmou. 


Um item que já era alertado no calendário anterior e que permanece no atual é, segundo a presidenta da ADUFPel, o equívoco de encaixar três semestres em um ano. Conforme citou, questões pedagógicas e de organização não foram consideradas pela proposta atual, como gozo de férias de coordenadores de departamentos e até mesmo planejamento de disciplinas. 


“Que ensino e formação a gente quer para esta Universidade? Quais serão os prejuízos para ensino, pesquisa e extensão, quebrando esse semestres letivos da forma como está proposto? Eu destaco que, com essa organização do calendário, advinda de uma forma distanciada e não articulada, que só nos foi apresentada, não é uma forma de construir coletivamente uma universidade plena”, concluiu. 


Encaminhamentos

A fala da presidenta foi complementada pelos demais docentes presentes na Assembleia. Compartilhando das mesmas dúvidas e apreensões em termos democráticos e normativos, a categoria apresentou outras demandas e indagou a efetividade do calendário.


Considerando todos os apontamentos, foram aprovados os seguintes encaminhamentos: reafirmar as premissas votadas em Assembleia da categoria em 22 de junho de 2022 (leia aqui); encaminhar à Reitoria solicitação de exposição de argumentos que justifiquem a proposta apresentada e o fato da mesma contradizer o que foi aprovado no plebiscito organizado pela própria reitoria e demandar que nada seja encaminhado ao Cocepe sobre esse tema, enquanto o debate não for ampliado. 


O que prevê o calendário?

A nova proposta de calendário acadêmico para os cursos de graduação diverge daquela aprovada em plebiscito e dos calendários acadêmicos dos cursos de pós-graduação. Ela foi apresentada pela Pró-Reitoria de Ensino (PRE) da UFPel nos dias 21 e 22 de setembro, logo após o feriado, sem debate prévio. Ela estabelece o calendário 2022/2 para de 30 de janeiro a 13 de maio de 2023. Já o calendário 2023/1 será de 12 de junho a 23 de setembro de 2023. Na sequência, começará a primeira parte do calendário 2023/2, de 23 de outubro a 23 de dezembro de 2023. 


Após um intervalo, o semestre é retomado em 5 de fevereiro de 2024 e prossegue até 16 de março de 2024. Depois, o calendário 2024/1 inicia em 15 de abril de 2024 e encerra em 27 de julho de 2024. O semestre 2024/2 começa em 26 de agosto e vai até 9 de dezembro. 


Para executar essa agenda, a PRE ainda propôs a utilização dos 71 dias letivos do calendário alternativo, que não foram não computados em nenhum dos calendários acadêmicos realizados até então. 


Delegação para o Conad

A categoria também escolheu quais serão os representantes da entidade no 14º Conad Extraordinário do ANDES-SN, que acontecerá nos dias 12 e 13 de novembro, em Brasília, e terá como tema "CSP-Conlutas: balanço sobre atuação nos últimos dez anos, sua relevância na luta de classes e a permanência ou desfiliação da Central". Irão Celeste Pereira, como delegada, Elaine Neves como observadora e suplente de delegada e Francisco Vitória, como observador. 


Assessoria ADUFPel

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