Docentes reuniram-se novamente em Assembleia Geral da ADUFPel, na tarde desta sexta-feira (25), para tratar da Campanha Salarial 2024, pauta que tem ocupado a centralidade da luta, neste momento, devido ao descaso com que o governo tem conduzido a Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP). 

As deliberações serão levadas pela secretária geral da Seção Sindical, Elaine Neves, à reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) do ANDES-SN, neste domingo (27), onde serão pensadas estratégias para a construção da jornada de lutas, agendada entre 28 e 31 de agosto, com o objetivo de intensificar a pressão junto ao governo, considerando que o prazo limite para a entrega do Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), que deve trazer a previsão de reajuste para o funcionalismo federal, é 31 de agosto.

Ao abrir a Assembleia, as diretoras Elaine Neves e Regiana Wille, que representaram a ADUFPel no último encontro do Setor (19 e 20/08), transmitiram informes sobre os encaminhamentos, que incluem a aprovação do envio de um documento com a síntese global do processo das mesas de negociação e Nota Técnica do Dieese; a elaboração de material específico com a linha do tempo da Mesa Permanente para uso nas redes sociais do ANDES-SN e das Seções Sindicais, com as perdas coletivas da categoria; o reforço da proposta construída em unidade com o Fonasefe e um calendário de mobilização.

“Existe um prazo para as negociações, mas temos que continuar lutando para além dele, por várias questões que envolvem a campanha salarial e sobre as quais estamos esperando um retorno do governo, principalmente em relação às mesas setoriais a respeito da nossa carreira, que está dentro desse guarda-chuva das nossas pautas”, enfatizou Elaine ao reforçar a importância dos/as servidores/as permanecerem mobilizados/as pela recomposição salarial mesmo após a data limite para a entrega do Ploa. 

Ausência de respostas do governo

Desde que a MNNP foi instalada, em 11 de julho deste ano, não houve ainda qualquer avanço na busca por um reajuste que possa, de fato, acenar para a recomposição dos salários que estão há muito tempo defasados. Até então, nada de concreto pode ser negociado, já que o governo federal não apresentou nenhum índice de recomposição e ignorou o prazo de 24 de agosto, apresentado pelas entidades representativas de servidores e servidoras públicas federais, para uma contraproposta às reivindicações remuneratórias e equiparação dos auxílios. 

Encaminhamentos

Assim que os debates sobre a pauta foram finalizados, os e as docentes presentes na Assembleia deliberaram por apontar ao Setor das IFES os seguintes encaminhamentos: continuar com a mobilização nos moldes da PEC 32 (Reforma Administrativa), em frente ao Ministério da Educação (MEC); ficar permanentemente em Brasília; dar continuidade aos encaminhamentos da Assembleia anterior; tensionar a campanha salarial; ter mais clareza quanto ao índice e às questões das progressões, contando com reajuste, e processo de recuperação do índice; e definição do que será apresentado na mesa de negociação sobre a carreira. 

Assessoria ADUFPel 

Foto: Assessoria ADUFPel