Hoje (16), no campus Capão do Leão, ocorreu a terceira assembleia pública da comunidade acadêmica da UFPel. Na pauta, informes locais e nacionais e discussão sobre os cortes orçamentários na educação pública. A assembleia foi chamada pelo Comitê UFPel em Defesa da Educação, formado pelas três entidades representativas da Universidade (ADUFPel-SSind, ASUFPel e DCE).

Entre os informes, a presidenta da ADUFPel-SSind, Fabiane Tejada, colocou a decisão da categoria docente em protocolar nota no Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (COCEPE) solicitando a retirada de pauta da minuta sobre carga horária. A deliberação deu-se em função da minuta desconsiderar a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, além de passar por cima da Lei de Diretrizes e Bases da educação, que já regulamenta a carga horária.

Em relação à conjuntura, a professora enfatiza que é necessário “participar de todos os espaços de lutas dos nossos movimentos docentes, técnicos e estudantes, para que a gente não perca ainda mais nossos direitos e para que não percamos a possibilidade de ter uma vida digna”.

A coordenadora geral da ASUFPel, Maria Tereza Fujii, conclamou a todas e todos para uma atividade que ocorre hoje, às 17h, no Mercado Público, onde haverá panfletagem sobre a situação da universidade pública no Brasil. A agenda de lutas, segundo Fujii, é extremamente necessária “para tentar manter direitos que nos foram retirados”.

Lei da Mordaça

As e os presentes também discutiram a Lei da Mordaça, conjunto de proposições denominadas “Escola Sem Partido”, que tramitam em âmbito municipal, estadual e federal e visam censurar debates críticos nas instituições de ensino e aplicar punições a professores que incentivem esses debates. O representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Renato Salaberry, propôs uma moção de repúdio ao projeto, que no dia de ontem foi protocolado em Pelotas e dezenas de outras cidades no Brasil. Por ampla maioria, a proposição foi acatada.

Assessoria ADUFPel

Fotos: Assessoria ADUFPel