A Universidade de São Paulo (USP) recebeu, na última sexta-feira (25), um ato público em defesa dos refugiados e imigrantes. O evento, organizado pelo docente Osvaldo Coggiola, contou com a presença de diversas entidades, entre elas a Associação dos Docentes da USP (Adusp - Seção Sindical do ANDES-SN), o próprio Sindicato Nacional, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e representantes de refugiados e imigrantes no país.

Cerca de 300 pessoas participaram do evento. “No ato, todos os presentes coincidiram em reivindicar uma política mais ativa e firme do Brasil com refugiados e imigrantes. Não adianta, dada a situação de crise humanitária que se vive, que o Brasil se limite a conceder asilo aos que aqui chegam, até porque é muito difícil chegar até aqui. É necessário que o país amplie sua cota de refugiados, e mais, que vá busca-los”, afirma Coggiola, ressaltando que essa proposta foi apresentada, durante o ato, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O professor ressaltou, também, a presença de Eduardo Suplicy, secretário de Direitos Humanos da prefeitura de São Paulo, que se comprometeu a buscar soluções para as recorrentes violações de direitos humanos com os refugiados e imigrantes que moram na cidade. As violações foram denunciadas no ato por representantes de comunidades sírias, haitianas e angolanas no país, que reclamam, entre outras coisas, do trabalho informal ao qual são submetidos.

“O recado foi dado em nosso ato público, queremos que o Brasil tome uma posição ativa na busca por esses refugiados. Também queremos que se melhorem as condições daqueles que já vivem aqui, e, muitas vezes sofrem violações de direitos humanos, chegando a trabalhar em situações precárias sem nenhuma garantia de direitos”, conclui Osvaldo Coggiola, docente da USP.

*Com imagens de Mariana Coggiola