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Notícia

Carta resultante do V Encontro de Jornalistas Sindicais é divulgada

A carta produzida a partir dos debates ocorridos durante o 5º Encontro de Jornalistas Sindicais, realizado no Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), entre os dias 15 e 16 de novembro, foi divulgada. O evento reuniu jornalistas sindicais de todo o país para debater questões relacionadas à categoria e à realidade laboral e foi organizado por profissionais que participaram e construíram as edições anteriores. 


O Encontro pautou as condições de trabalho dos jornalistas sindicais diante do fim do imposto sindical e da perseguição às entidades, a comunicação sindical no contexto da desinformação e o futuro do jornalismo sindical para além das redes sociais. Participaram dos debates jornalistas, pesquisadores, docentes e o advogado trabalhista, Marcos Maleson, que falou sobre a Medida Provisória (MP) 905. 


“Diante de tantos retrocessos, do aumento da precarização do trabalho e de um cenário de ampliação da desinformação, a articulação de profissionais da comunicação sindical é extremamente necessária. Além de adquirirmos conhecimento, o encontro foi fundamental para fortalecer essa rede que já vem sendo formada desde o primeiro encontro, do qual participei em Florianópolis, assim que comecei a trabalhar na ADUFPel”, destacou a jornalista Gabriela Venzke, que participou do evento. 


A jornalista também ressalta que entre os dias 13 e 15 de dezembro, em Pelotas, ocorre o Seminário de Comunicação Sindical, cujo objetivo também é fortalecer a comunicação sindical e proporcionar a troca de experiências. “A Regional RS do ANDES-SN, com o apoio da ADUFPel-SSind, irá promover um importante evento no mês de dezembro: o Seminário de Comunicação Sindical. Este será outro momento de aprofundar ainda mais a discussão sobre o trabalho desempenhado pelos jornalistas sindicais na perspectiva contra-hegemônica da comunicação”. 


Debates

No primeiro dia, as jornalistas Cláudia Santiago, coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), Gyssele Mendes, membro do coletivo Intervozes, e Najla Passos promoveram um debate sobre a relação entre o jornalismo sindical e o mundo digital e de que forma re (existir) para além das redes sociais. 


O evento seguiu durante a tarde com a mesa “A comunicação sindical no contexto da desinformação”. Participaram o jornalista e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gustavo Gindre, o jornalista Bruno Marinoni, do Intervozes, e a pesquisadora de comunicação, Thayane Guimarães, do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS). 


No segundo dia, ocorreu o painel sobre multifunções, condições de trabalho e terceirização, em tempos de plataformas digitais e fim do imposto sindical. Participaram a docente Marina Gouvêa (UFRJ), a jornalista do Sintrajud/SP, Luciana Araújo, e a jornalista sindical e diretora do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, Renata Maffezoli. 


O último painel tratou das relações de trabalho e o que muda no trabalho do jornalista a partir das alterações na legislação trabalhista. A jornalista sindical e pós-graduanda em Saúde do Trabalhador, Manuela Soares, e o advogado trabalhista, Marcos Maleson. Enquanto Maleson falou sobre de que forma a MP 905 afeta os jornalistas e a ampliação dos ataques que a o direito do trabalho tem sofrido nos últimos anos. 


Carta do 5º Encontro

O evento encerrou-se com uma roda de conversa acerca da realidade dos jornalistas em sindicato e o engajamento nas lutas da categoria. Como resultado da discussão, foi produzida uma carta dirigida aos sindicatos de jornalistas, sindicatos de trabalhadores de entidades de classe e aos colegas que atuam na imprensa sindical. Com base nos debates, foram propostas algumas iniciativas a serem conduzidas pelas entidades representativas. 


A carta propõe, entre tantas coisas, rearmar a unidade para enfrentar o projeto de contornos fascistas instalado em nosso país. “Como funcionários em entidades sindicais, no entanto, não podemos silenciar diante da precarização de nossas condições de trabalho e de nossas vidas. É fundamental que dirigentes conheçam, respeitem e defendam as prerrogativas profissionais e combatam junto conosco a terceirização da comunicação, a desvalorização do jornalismo, o acúmulo e desvio de funções e a gestão de tempo sob stress permanente”, aponta um trecho. 


Ainda, o documento atenta para a nova e inconstitucional "reforma" trabalhista (a MP 905/2019), que fere os direitos não atingidos pela Lei 13.467/2017. A iniciativa, segundo o texto, afeta diretamente a categoria, a qual é alvo de “um presidente eleito com a disseminação de desinformação e que pretende destruir para dar curso ao seu projeto”.


Além disso, a tentativa de extinguir a regulamentação do profissional do jornalismo é um ataque à classe trabalhadora, pois impacta diretamente na capacidade de se produzir e difundir informação de qualidade, fundamental à defesa de direitos conquistados.


A carta pode ser conferida na íntegra clicando aqui


Assessoria ADUFPel

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