O calendário acadêmico da UFPel foi suspenso, conforme decisão unânime do Conselho Coordenador do Ensino da Pesquisa e da Extensão (Cocepe). A reunião do Cocepe contou com presença de representantes dos estudantes, docentes e servidores técnico-administrativos em educação (TAE). As três categorias estão em greve, tendo em comum a luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016.  

Para a presidente da ADUFPel-SSind, “a reunião do Cocepe foi bastante positiva. O Conselho acolheu a solicitação dos estudantes sobre a suspensão do calendário e definiu publicar uma nota em apoio à pauta do movimento grevista na UFPel”. Além disso, comprometeu-se em reunir-se com os três segmentos da comunidade universitária no momento em que a discussão sobre a reorganização do calendário for feita. Com a suspensão do calendário, fica atendida a reivindicação da categoria discente, que ocupou o gabinete do reitor na manhã de sexta-feira (21) para exigir o congelamento das atividades acadêmicas, de maneira a garantir o direito de greve.

Greve na UFPel

Docentes, servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAE) e estudantes estão em greve na UFPel. Os TAE já completam uma semana de mobilização e irão avaliar o movimento em assembleia geral amanhã. Já os estudantes aderiram à greve durante assembleia ocorrida no dia 20, quando mais de 600 alunos votaram pelo movimento paredista, em virtude também da possibilidade de falência da UFPel, anunciada pela reitoria. Um dia depois, ocuparam o gabinete da reitoria reivindicando o congelamento do calendário acadêmico.

A categoria docente deflagrou a greve hoje (24), em assembleia geral. A ampla maioria dos professores votou por iniciar o movimento hoje e também acordou a pauta: contrariedade à PEC 241/2016, ao programa Escola Sem Partido, à reforma do ensino médio e pela construção da greve geral no país.  “Um ponto importante é que a nossa greve é a primeira greve de universidades federais no momento que está composta pelo conjunto da comunidade universitária, com as três categorias”, destaca Celeste Pereira. Amanhã, às 8h30, na sede da ADUFPel-SSind, será instalado o comando de greve.

TAEs e estudantes também têm como pauta a luta contra a PEC 241. As categorias estão unidas no ato que ocorre hoje, no Largo do Mercado, a partir das 16h, contra essa proposta, que congela o salário mínimo e os investimentos públicos em setores como educação e saúde, por 20 anos. A PEC 241 já foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados e deve passar pelo segundo turno amanhã.

Assessoria ADUFPel

Foto: Assessoria ADUFPel