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Notícia

Comitê Covid UFPel divulga nota contra retorno presencial às aulas

Em nota publicada esta semana, o Comitê interno para acompanhamento da evolução da pandemia da Covid-19 da UFPel se posicionou contra o retorno presencial às aulas. A publicação vem na esteira do Decreto Municipal 6.398/2021, que autoriza a volta às aulas presenciais na Educação Infantil e para os dois anos iniciais do Ensino Fundamental, em Pelotas. E com a possibilidade de retorno de outras faixas de ensino futuramente.


O documento alerta que, após um período de redução nos casos, óbitos e internações no fim de março e início deste mês, os números se estabilizaram ainda em patamares muito altos. “Há 9 semanas temos em média mais de 130 casos por  dia e há 7 semanas temos média de mais de 4 óbitos por dia. Estes dados devem ser examinados com  cautela porque estão sujeitos a importante subnotificação e represamento”.


A queda nos números já havia sido pontuada por uma nota técnica publicada no dia 14 de abril. Nela, o Comitê apontava que o avanço no controle da pandemia se devia à imposição de medidas restritivas mais rígidas pelo governo do Estado a partir de 27 de fevereiro. Após 11 dias, o modelo de cogestão foi retomado e a prefeitura de Pelotas optou pelo relaxamento gradual, com flexibilização recente mesmo do lockdown dos sábados.


O alerta era que o descuido com as medidas restritivas impactasse diretamente no quadro geral, e foi o que ocorreu. “Desde 11 de março temos  cerca de 90 internações em leitos clínicos e 60 internações em UTI. Depois de um período de franco  colapso do sistema hospitalar, este segue operando com alta ocupação, ainda com fila de espera para  leitos de UTI. Todas estas informações indicam que a epidemia está descontrolada no município”, declara.

 

Retorno presencial

Os frequentes argumentos a favor do retorno presencial não são ignorados pela nota técnica. O Comitê Covid UFPel reforça que reconhece os impactos na saúde mental dos estudantes, o aumento da violência doméstica e a falta que faz o acesso à merenda escolar. No entanto, as consequências desse retorno podem ser ainda mais graves.


“Retomar as atividades escolares neste momento de descontrole da epidemia significa colocar  em risco a vida de toda a comunidade escolar, professores, funcionários, estudantes e suas famílias”, pondera o Comitê.  Com a flexibilização, a previsão é ainda do aumento de circulação e na transmissão do vírus. A maneira mais rápida de se voltar ao ensino presencial, defende o documento, é controlar a pandemia – por meio da vacinação e de medidas rígidas de distanciamento social.


A proposta, como o próprio comitê vem insistindo há tempos, é um lockdown de 14 dias para possibilitar o controle da pandemia de forma rápida, aliado a medidas de proteção social para mitigar os impactos econômicos. “É preciso reduzir o número de casos para ampliar e organizar a vigilância epidemiológica.  Não é possível naturalizar uma média diária de 4 ou 5 óbitos por Covid-19 em Pelotas”.


Assessoria ADUFPel


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