Os docentes da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), junto com os técnicos e estudantes, decidiram em assembleia extraordinária, realizada no último dia 23, paralisar as atividades acadêmicas nesta quinta-feira (30) devido à precarização nas condições de trabalho e a recusa do governo estadual do Amapá em receber os sindicatos dos Docentes da Ueap (Sindueap – Seção Sindical do ANDES-SN) e dos Servidores Técnicos Administrativos da instituição (Sintec) para uma mesa de negociação para tratar da pauta de reivindicação das categorias, que aguardam audiência desde o mês de março.

Entre as reivindicações, estão o aumento no repasse do orçamento para o pagamento das despesas, projetos e reformas necessárias nos campi, atualmente em funcionamento, da instituição; reajuste salarial dos professores e técnicos administrativos para 2015, e o encaminhamento e aprovação do projeto de Plano de Cargo, Carreira e Salário (PCCR) dos técnicos à Assembleia legislativa do Estado.

Após o comunicado da paralisação, o governo marcou uma mesa de negociação com as categorias para o mesmo dia da paralisação. No entanto, segundo Maria do Carmo Lobato da Silva, representante do Sindueap-SSind, a paralisação continua. “O agendamento da mesa não significa que serão atendidas as reivindicações da categoria”, disse a docente.

“Nós sabemos que a luta não será fácil, e o atual governo utiliza de estratégias de enrolação para cansar e desmobilizar a categoria. Mas estamos numa luta unificada com a categoria dos técnicos e movimento estudantil, deste modo compreendemos que somos mais fortes e poderemos avançar em nossa pauta de reinvindicação e assim pressionar o governo para atender nossas pautas”, afirmou.

Caso o governo estadual não atenda os interesses das categorias, explicou Maria do Carmo, ocorrerá a deflagração da greve no dia 11 de maio, conforme já deliberado em assembleia. Ela ainda ressaltou o Dia Nacional da Lutas das Iees e Imes, com paralisação em 27 de maio, como ponto estratégico para unir as forças e permanecer na luta. “Gostaria de pedir o apoio de toda a sociedade, dos movimentos dos trabalhadores e da educação para está conosco nas atuais reivindicações, lutas que temos travado a favor da universidade, dos profissionais e dos estudantes que vivenciam o seu cotidiano e sabem do quanto precisamos avançar. Acreditamos que juntos podemos construir uma Ueap, com qualidade e socialmente referenciada”, completou.

*Foto: Sindueap-SSind