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Cultura, hegemonia e política são tema do 20º Curso do Núcleo Piratininga de Comunicação

No curso anual do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), ocorrido entre os dias 5 e 8 de novembro, sob o tema “Comunicação dos Trabalhadores e Hegemonia”, foi promovido um amplo debate sobre comunicação, política, cultura e hegemonia.


A mesa de abertura, composta pelo coordenador do NPC, Vito Giannotti, abordou a comunicação e cultura das classes populares. Giannotti fez uma reflexão sobre as motivações do curso, analisando a comunicação como um “grande instrumento que garante a hegemonia política e econômica à elite”.


O escritor e dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Ademar Bogo, destacou a importância da educação para a liberdade do trabalhador como ser humano. Para ele, a cultura é um mecanismo de construção da consciência de classe.


Sobre os jornais no meio operário, a historiadora e professora da Universidade Federal do Ceará (UFCE), Adelaide Gonçalves, resgatou a história dos trabalhadores de fábricas do início do século XIX, onde já havia uma cultura operária bastante estabelecida. Segundo ela, é preciso examinar a história para recuperar as memórias trabalhadoras.


A comunicação para os povos indígenas e no movimento negro

A mesa também contou com a presença do fundador da Rede de Cultura Digital Indígena, Anápuáka Muniz Tupinambá Hã-Hã-Hãe, que abordou a comunicação na prática da comunicação indígena. Também falou sobre sua relação com a internet – utilizada para compartilhamento de ideias e construção de uma rede social colaborativa. Para ele, a Web Brasil Indígena é um projeto de conceito em etnomídia, para construção de uma rede social colaborativa de conhecimento cultural, informativo e de compartilhamento com os povos indígenas ou não.


A militante do Movimento Negro, Adenilde Pedrina, acompanhada pelo “Coletivo Vozes da Rua” e capoeiristas de Juiz de Fora, disse que a periferia é “o quarto de despejo da cidade”, ou seja, o local onde está o que realmente importa, mas que ninguém quer saber.


Durante os outros dias, o debate foi ampliado abordando as temáticas da cumplicidade da imprensa e dos empresários com a ditadura; os 20 anos de comunicação sindical do NPC; mídia alternativa e democratização da comunicação.


Debate de ideias

Giannotti e o jornalista da Revista Fórum, Roberto Rovai, promoveram um debate bem humorado. Enquanto Rovai defendia uma comunicação digital, Giannotti discordava e defendia os jornais impressos como espaço de extrema importância para os sindicatos. “A base não é mais nativa analógica. Tem que haver essa transição para nativa digital, senão não vão conseguir alcançar a geração Facebook”, argumentou Rovai.


Comunicação inclusiva

Na mesa “20 anos de Comunicação Sindical”, o jornalista do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Jair Braz, defendeu que a inclusão social é um debate que tem que ser feito por todos os sindicatos. Apresentou um jornal sindical em Braille, produzido pelo próprio sindicato, considerado o primeiro jornal gratuito em Braille no Brasil. O informativo é entregue aos sindicalizados deficientes visuais, cadastrados pelo sindicato. Para Braz, “as entidades têm o desafio de chegar a todas as pessoas. Todos merecem igualdade”.


Assessoria ADUFPel


* Com informações do NPC



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