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Notícia

Desemprego atinge 13 milhões de brasileiros

As medidas adotadas para economia do Brasil têm impactado negativamente no saldo dos postos de trabalho. No trimestre encerrado em maio, o desemprego chegou a 12,3%, atingindo 13 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 28 de junho, e integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). 


A população subutilizada bateu recorde desde 2012, chegando a 28,524 milhões de pessoas. A taxa aumentou de 24,6% no trimestre até fevereiro para 25 % no trimestre até maio. São consideradas subutilizadas as pessoas que estão desempregadas que trabalham menos do que poderiam, que não procuram emprego ou que procuram, mas não estavam disponíveis para a vaga. 


A informalidade também aumentou e é a maior desde 2012. São 24 milhões de pessoas que trabalham por conta própria, com uma alta de 1,4% em relação aos três meses anteriores e 5,1% frente ao mesmo período do ano anterior. Já os empregados sem carteira assinada do setor privado totalizam 11,4 milhões. Estes também tiveram um aumento de 2,8% (semestre anterior) e 3,4% (mesmo período de 2018). 


Com aumento do desemprego, satisfação da vida diminui

A pesquisa elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada em 3 de julho, revela que o medo do desemprego aumentou e a satisfação com a vida diminui entre os brasileiros. O índice do medo do desemprego cresceu 2,3 pontos em relação a abril e alcançou 59,3 pontos em junho, ficando acima da média histórica (49,9). 


O medo é maior entre as pessoas com mais de 45 anos e menor grau de instrução. Nas pessoas entre 45 e 54 anos, o índice subiu 7,1 pontos em relação a abril. Aqueles que possuem um grau maior de instrução, até a quarta série do ensino fundamental, aumentou 6,1 pontos, também em relação a abril. Os dados são ainda maiores no Nordeste do país, onde alcançou 66 pontos em junho. A região Sul apresenta 47,9. 


Como reflexo, a satisfação com a vida diminuiu e a frustração aumentou entre a população. A queda da satisfação é maior em pessoas com curso superior, marcando 71,4 pontos em abril e 68,6 em junho. Foram 2,6 pontos acima de junho de 2018.


De acordo com a CNI, é necessário que o Brasil crie empregos para reverter a situação atual. Além disso, a diminuição no poder de consumo está diretamente relacionado aos índices de satisfação e de medo, o que dificulta também a recuperação da economia. 


Relatório aponta dados sobre o emprego formal em Pelotas 

O Observatório Social do Trabalho da UFPel publicou recentemente um relatório anual sobre a movimentação do emprego formal celetista em Pelotas. O parecer faz parte dos produtos previstos no Acordo de Cooperação entre a UFPel e o antigo Ministério do Trabalho (atual Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia) e foi coordenado pelo professor Francisco Beckenkamp Vargas. 


Segundo os dados apresentados no relatório, as decisões econômicas do país tem impactado fortemente a economia e o mercado de trabalho de Pelotas. Entre os anos de 2015 e 2017, foram perdidos 5,799 vínculos formais de emprego na cidade, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). O estoque total de empregos formais, incluindo os empregos do setor privado, regidos pela CLT, e os empregos estatutários, no âmbito do setor público, reduziu em 7,3%. De 79.601 vínculos, em 2014, para 73.802, em 2017. 


Em 2018, houve pouco crescimento. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), teve um aumento de apenas 613 vínculos. Ao longo do ano, ocorreram 24.318 admissões e 23.705 desligamentos, o que revela o elevado nível de movimentação dos vínculos de emprego celetistas. 


Os dados demonstram, também em 2018, que o perfil dos trabalhadores foi composto em sua maioria por homens (56.9%), mas o saldo positivo foi superior entre mulheres (414 contra 199). Já a movimentação de emprego ocorreu entre os mais jovens (menores de 17 anos e entre 18 e 29). Nas maiores faixas etárias, o saldo foi negativo. O rendimento médio no mesmo período foi de R$ 1.407,53 e as mulheres receberam os menores salários, correspondendo a 91,1% do rendimento médio masculino. 


Assessoria ADUFPel

* Com informações de Revista Exame, IBGE, CNI e Observatório Social do Trabalho. 


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