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Dia da Indignação: A semana começa com luta e diversas categorias protestam no Rio Grande do Sul

Nesta segunda-feira (3) o estado do Rio Grande do Sul parou. Servidores públicos e outras categorias mostraram a voz e disposição de luta contra as medidas do governo Sartori, batizando o início da semana como o Dia da Indignação. Professores, funcionários de escolas, da segurança pública e de várias outras entidades ocuparam o CAFF – Centro Administrativo Fernando Ferreira (prédio que congrega maior parte das secretarias do governo estadual)- e há sinais consistentes de que a mobilização deve seguir adiante e com mais adesão e força, com a possibilidade de mais paralisações. “No dia 18 de agosto irá acontecer Assembleia Geral Unificada do funcionalismo público, e será colocada em votação a greve geral. É muito possível que seja aprovada”, afirma Vera Guasso, diretora do Sindppd-RS (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados no estado do RS), filiado à CSP-Conlutas.

 

Os trabalhadores em educação tiveram participação de peso nas mobilizações deste dia 3/7, com adesão ampla do magistério e envolvimento direto com a categoria. A professora Neida Oliveira, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, relata que até o dia 18 de agosto, data da Assembleia Geral Unificada, “acontecerão atividades com estudantes e a comunidade escolar, e que enquanto houver parcelamento do salário, o tempo de trabalho será reduzido”. Os professores estão orientados a trabalhar meio período, até o horário do intervalo das aulas. Neida relata que os servidores, que recebem os salários via Banrisul, sofreram os descontos antecipadamente, e recolheram valores baixíssimos em torno de R$ 100, R$200.

 

“O governador Sartori quer que os trabalhadores paguem pela crise. Arrocha e parcela salários, ataca direitos e desrespeita os servidores públicos. A marca deste governo é a destruição e o caos no Rio Grande do Sul. Se trata de um governo que não tem nenhum compromisso com o serviço público e com a população”, ressalta Rejane Oliveira, do Movimento de Luta Socialista (MLS).

 

O governador Sartori, após reunião de mais de três horas com membros do Ministério Público, Tribunal de Contas, Defensoria Pública, Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça, anunciou para a imprensa que um grupo de trabalho será criado com dois representantes de cada órgão para buscar soluções à crise financeira do Estado, mas evitou falar sobre o salário dos servidores referente ao mês de agosto.

 

“É preciso enfraquecer e derrotar o governo, para barrar seus ataques ou ele continuará parcelando nosso salário e sua próxima investida será nosso plano de carreira. Precisamos decidir quem será derrotado nesta conjuntura. O governo ou os trabalhadores”, conclui Rejane.

 

Rodoviários e segurança pública também paralisam atividades Em Porto Alegre, os trabalhadores da Carris também cruzaram os braços neste dia de mobilizações, e os veículos não saíram das garagens. Em assembleia realizada durante a manhã, os servidores optaram por manter a paralisação de 383 veículos que atenderiam 29 linhas.

 

Policiais civis tiveram atividades restringidas e atenderam somente a flagrantes e crimes graves. Sindicatos da categoria informaram que delegados de polícia decidiram suspender operações menos graves até o pagamento integral do salário do mês de julho.

 

Cerca de 30 mulheres de policiais militares estiveram em frente ao 9º Batalhão da Brigada Militar, principal quartel da região central da cidade, e protestaram contra o atraso salarial. Diante dessa insegurança, o funcionamento dos bancos variou conforme orientação de cada agência.

 

 

Fonte: CSP – Conlutas

 

Foto: Matheus Gomes

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