Ontem (3), em assembleia, os estudantes da pós-graduação da UFPel também deliberaram a greve em virtude da Proposta de Emenda à Constituição 55/2016 (antiga PEC 241). Houve participação de 19 cursos da pós e mais de 100 discentes. O segmento se une aos estudantes da graduação, docentes e servidores técnico-administrativos e integrarão a agenda de lutas.

“Acreditamos que os discentes dos cursos de pós-graduação, enquanto protagonistas do ensino, da pesquisa e da extensão, tem papel fundamental neste momento em que um governo ilegítimo utiliza-se do poder para diminuir o acesso aos direitos já garantidos na Constituição federal, por meio de um Projeto de Emenda Constitucional – a PEC 55 (antiga PEC 241)”, afirmam, na nota da assembleia entregue ao Comando de Greve docente hoje pela manhã.

As pós-graduandas da Enfermagem Cristina Soares e Eliana Luz, que entregaram o documento aos professores, contam que na assembleia, houve ampla discussão sobre os motivos antes que, por ampla maioria, os discentes decidissem pela greve. Uma nova assembleia acontecerá no dia 9, para agregar mais estudantes e organizar comissões. Na avaliação de Eliana, a pós já sofre cortes mesmo antes da PEC 55. “Ela [a PEC] vem agravar a questão do acesso ao ensino superior de qualidade no que tange à pós-graduação e as condições de permanência, com as questões de moradia e de todos os recursos que você precisa para se manter. A gente sabe que uma pós exige uma dedicação quase exclusiva para que a agente produza conhecimento e a temos ciência do nosso papel social, porque só a partir do momento em que a gente rompe os muros da universidade é que estamos produzindo conhecimento”, pontua.

Assessoria ADUFPel

Foto: Assessoria ADUFPel