Docentes participam do Dia de Luta, Mobilização e Paralisação em Pelotas
O Dia Nacional de Luta, Mobilização e Paralisação, ocorrido ontem (29), foi marcado por atividades e atos na cidade de Pelotas. Docentes, que deliberam paralisação, montaram uma tenda informativa no Campus Anglo, onde permaneceram até a tarde. Houve roda de conversa, panfletagem e debates sobre as propostas em curso no Congresso Nacional que atacam os direitos dos trabalhadores e reduzem os serviços públicos.
Categorias aprofundam diálogo
Em uma roda de conversa, promovida pela ADUFPel-SSind, ASUFPel e Sinasefe, docentes e técnico-administrativos puderam aprofundar a discussão sobre a atual conjuntura política do país, reforçando a importância da participação dos servidores públicos e estudantes na mobilização contra o PLP 257 (agora PLC 54/16), a PEC 241, o Programa Escola Sem Partido e as reformas previdenciária, trabalhista e do ensino médio.
Um dos principais assuntos debatidos foi a importância da aproximação das categorias na mobilização contras as medidas do governo federal, ressaltada pela professora Fabiane Tejada. “Se não fossem as lutas travadas pelo ANDES-SN e a Fasubra, e o que nós viemos fazendo como base desses grandes sindicatos nacionais, nós já estaríamos em uma situação muito mais precária”, avaliou.
O diretor da ADUFPel-SSind, Luiz Henrique Schuch, destacou dois pontos que precisam ser dialogados prioritariamente: a reforma constitutiva na educação do Brasil e a PEC 241, que prevê o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, desviando recursos para o pagamento da dívida pública.
Schuch enfatizou que a PEC 241 rasga a Constituição Federal de 1988 ao permitir que o Estado dê prioridade ao setor rentista. “Há acertos e erros na Constituição, mas ela definiu uma prioridade para o Estado Brasileiro, que é atender as necessidades da população mesmo que seja na perspectiva social-democrática. Ela definiu que há um mínimo que deve ser destinado à educação e à saúde. Isso dá um caráter para o Estado”, ressaltou. A votação da PEC está prevista para o dia 10 de outubro, em primeiro turno, no Plenário da Câmara.
Fora Temer!
No final do dia, entidades sindicais, movimentos sociais, coletivos de juventude e população em geral se concentraram no largo do Mercado Público. De lá, partiu a marcha “Fora Temer” pela derrubada do presidente ilegítimo. Docentes da UFPel e diretores da ADUFPel-SSind participaram do ato.
Assessoria ADUFPel
Fotos: Assessoria ADUFPel