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Notícia

Durante pandemia de Covid, mais de 60 famílias são desalojadas em Pelotas

Mais de 60 famílias estão ficando sem casa nesta terça-feira (23), após uma ação de reintegração de posse na ocupação Nova Coruja, em Pelotas. A ação está sendo acompanhada por um enorme contingente policial.


Os moradores acordaram com a presença da Tropa de Choque da Brigada Militar na porta de suas casas, após a Justiça determinar a reintegração por pedido da família Simões Lopes, proprietária do terreno que está abandonado há anos, localizado próximo ao Presídio Regional. 


Há cerca de dois meses as famílias vinham sendo ameaçadas de despejo. Em 4 de maio, houve tentativa de reintegração, com a presença da Brigada Militar e de seguranças particulares do terreno. Na ocasião, foi dado um prazo de apenas 30 dias para os ocupantes saírem. 


Os moradores, que resistiram até então, lutaram para construir suas casas e já haviam garantido uma estrutura mínima de saneamento, habitação e energia elétrica. Inclusive, buscavam regularização fundiária do terreno, que já havia sido desocupado antes pela Justiça para construção de uma empresa, mas acabou sendo transformado em um depósito de lixo. 


“Em plena pandemia de Covid-19, a prefeita está fazendo uma live. Mas deveria estar aqui, vendo as famílias carregando seus pertences para fora de suas casas. Para onde vamos? Estão oferecendo o Colégio Pelotense, vai gerar aglomeração. Não tivemos apoio nenhum da Prefeitura”, afirma Cláudia Porciúncula, moradora da ocupação.. Ela diz que sente como se o poder público estivesse colocando todas as famílias da ocupação em risco de contaminação. “Me sinto impotente, acuada”, completa. 


Descaso do poder público

A prefeitura de Pelotas não deu apoio algum às famílias, oferecendo, apenas, alojamento em um abrigo por um dia. A reintegração de posse contrasta com o aumento do número de casos de Covid-19 na região. Nos últimos dias, Pelotas registrou dois óbitos pela doença. Contraditoriamente às orientações de isolamento social e de higiene, a justiça e o poder público deixam centenas de pessoas sem casa. 


Assessoria ADUFPel

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