Na Assembleia Geral (AG) ocorrida ontem (9), professoras e professores da UFPel discutiram assuntos relacionados à categoria e futuras mobilizações de resistência contra as Reformas da Previdência e Trabalhista, em pauta no Congresso. Eleições na Seção Sindical, carga horária docente e articulação para ida ao Conad e ao “Ocupa Brasília” foram algumas das pautas.

Eleições

As eleições para a diretoria e Conselho de Representantes da ADUFPel-SSind biênio 2017-2019 acontecem dia 25 de maio. Uma chapa realizou inscrição. A professora Daniela Hoffmann, diretora da Seção Sindical, ressaltou que é importante a participação dos docentes como mesários. Haverá 11 urnas, nos três turnos, para garantir ampla votação. “A participação da categoria neste processo é fundamental para legitimar seus representantes que estarão à frente neste momento conjuntural tão decisivo para a classe trabalhadora”, explica a presidente da ADUFPel-SSind, Celeste Pereira.

Conad

O 62º Conad, que terá como tema central “Avançar na unidade e reorganização da classe trabalhadora: em defesa da educação pública e nenhum direito a menos!”, será entre os dias 13 e 16 de julho, em Niterói (RJ). Docentes que desejem realizar textos para o caderno de resoluções o devem fazer até 13 de junho. Mais adiante, haverá assembleia para deliberar os participantes do evento.

“Ocupa Brasília”

No dia 24 de maio, Brasília será ocupada. Caravanas de todo país irão para a capital nacional realizar uma grande manifestação contra a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários. A ADUFPel-SSind decidiu apoiar e construir o movimento nacional indicando o envio de até dez professores à mobilização e o apoio aos companheiros de outras categorias para viabilizar a ida, através da articulação local e regional. Em relação ao movimento nacional, ainda, docentes da UFPel propuseram levar ao setor das IFES a ideia para articulação de nova greve geral.

Assuntos com a reitoria da UFPel

Na segunda-feira (8), houve reunião entre o reitor da UFPel, Pedro Hallal, e a ADUFPel-SSind. Foram discutidos temas como a gratuidade dos cursos de pós-graduação e carga horária docente. Em relação ao primeiro tema, os professores que estiveram na reunião ouviram o compromisso, por parte do reitor, de que a UFPel não admitirá cobrança, mesmo com a liberação do Supremo Tribunal Federal (STF) para tal.

Já no que se refere à carga horária de trabalho docente, que está em pauta na reitoria, a diretoria da SSind enfatizou que o assunto deverá ser discutido de forma mais aprofundada. A ADUFPel-SSind, na reunião, explanou ao reitor que as premissas da carga horária já se encontram na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e na Constituição Federal.

Na AG, a categoria deliberou que qualquer discussão envolvendo revisão normativa sobre o trabalho docente, o que inclui distribuição de carga horária, pela relevância do tema e implicações no projeto institucional, se dê envolvendo toda a comunidade acadêmica através de profundo debate. Ainda, é necessário que a discussão seja com base no caráter público da instituição, na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, considerando o mínimo de oito aulas já fixado na LDB, valorizando o regime de Dedicação Exclusiva e os espaços coletivos nos quais os docentes estejam lotados.

Assessoria ADUFPel

Foto: Assessoria ADUFPel