No dia de hoje, o Dia Nacional de Lutas, um grande ato contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016 aconteceu em Pelotas. Chamado por diversas centrais sindicais, e na cidade por grande parte das entidades classistas, movimentos sociais, coletivos de juventude e estudantes, o ato iniciou com concentração no Mercado Público, de onde partiu para percorrer o calçadão e algumas das ruas centrais de Pelotas.

Os docentes da UFPel, em greve há 19 dias, somaram-se à luta. Junto a eles, os servidores técnico-administrativos e estudantes, que também estão em greve por tempo indeterminado. A greve dos três segmentos da comunidade acadêmica tem como objetivo a derrubada da PEC 55, que avança na tramitação do Senado Federal com a aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no último dia 9. Além da manifestação, distribuíram-se nos piquetes das garagens do transporte municipal em apoio aos rodoviários, que paralisaram atividades durante a noite até às 10h.

Representando a ADUFPel-SSind e o Comando de Greve, Celeste Pereira, presidente da entidade, foi uma das representantes a se pronunciar logo no início da manifestação. “Os ataques que sofremos têm repercussões muito profundas. A gente vem sendo aviltado nos nossos direitos, estamos vendo ser destruídos aquilo que nos é muito caro: saúde e educação, das quais não abrimos mão. Estamos trabalhando muito para construir a greve nacional e para chegar no patamar de construir a greve geral e mostrar que esse país vai ser conduzido pelos trabalhadores”, apontou.

Ao percorrer o calçadão municipal, o comércio foi aos poucos fechando as portas, quando os manifestantes entoavam “fecha, a grade contra a PEC da maldade”. O objetivo foi o de conversar com os trabalhadores sobre as consequências da proposta. Diversos materiais informativos foram distribuídos no percurso.  

Assessoria ADUFPel

Fotos: Assessoria ADUFPel