Após três meses de atraso do salário e vales alimentação e transporte dos vigilantes terceirizados, a Embrapa comprometeu-se a realizar o pagamento e cancelar o contrato com a empresa Grantege, subcontratada para prestar o serviço de vigilância.

Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Pelotas e Região, Marcelo Puccinelli, a Embrapa já realizou o depósito judicial dos pagamentos atrasados e da multa, que estavam incluídos no processo aberto pelo Sindicato. “Fizemos uma petição novamente para o juiz dar uma resposta sobre o processo que estava em andamento, pedindo a liberação do dinheiro para os funcionários”, afirmou Puccinelli.

Ainda explicou que a Embrapa também se responsabilizou em cancelar o contrato com a Grantege e, juntamente com o Sindicato, irá se empenhar para garantir a permanência de todos os trabalhadores na nova empresa.  De acordo com o presidente do Sindicato, após a troca, será aberto um processo referente às verbas rescisórias.

Relembre

Na manhã do dia 18 de maio, os vigilantes da Embrapa – Estações Capão do Leão, Monte Bonito e Cascata, paralisaram suas atividades. Os trabalhadores realizaram uma manifestação na BR 392 em reivindicação ao pagamento do salário e repasse dos vales alimentação e transporte, cujo pagamento estava atrasado há 78 dias. A iniciativa dos trabalhadores teve como resultado a abertura de diálogo com a Embrapa e a possibilidade de resolução do impasse.

O caso dos trabalhadores terceirizados da Embrapa vem ilustrar um dos assuntos que está em pauta: o Projeto de Lei 4.330, que regulamenta a terceirização no país e foi aprovado pela Câmara dos Deputados, seguindo para sanção ou veto da presidência da república. Para a ADUFPel, o fato do PL legalizar as terceirizações sem restrição para empresas, tanto as privadas quanto as públicas, é uma das medidas que mais afrontam os direitos dos trabalhadores.

Assessoria ADUFPel

Foto: Sindicato dos Vigilantes de Pelotas e Região