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Entidades farão campanha de denúncia do crime cometido em Mariana (MG)

Na última quinta-feira (17), a CSP-Conlutas, o Sindicato Metabase Inconfidentes e outras entidades realizaram o Seminário Nacional #NÃOFOIACIDENTE – Em defesa dos trabalhadores e da população atingida pelo crime ambiental, em Mariana (MG). O evento, realizado no Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Outro Preto (Ufop), teve como intuito debater e esclarecer o crime socioambiental e trabalhista e garantir visibilidade do caso em nível nacional e internacional. 

“O seminário cumpriu o papel de contribuir com a discussão de ações que não permitam que a tragédia provocada pela empresa Samarco, de propriedade da Vale-BHP-Billinton, não caia no esquecimento, e que essas empresas fiquem sem uma punição exemplar. O mesmo deve ocorrer com os governos que foram, e continuam lenientes com esses crimes. Os debates mostraram que, com a tragédia de Mariana, ficou desnudada as entranhas da atuação do capital e das relações promíscuas que mantêm com os políticos que financiam para garantirem a acumulação de riqueza a qualquer preço”, explicou José Domingues de Godoi Filho, professor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), que esteve em uma das mesas do debate.

Domingues contou que, como a distribuição e localização geológica dos recursos minerais e energéticos não obedecem ao arranjo geográfico e geopolítico estabelecido pela espécie humana sobre a natureza, ficou claro que a exploração e utilização de tais recursos é uma questão de poder em escala mundial. Segundo ele, as grandes potências econômicas e militares do ocidente e o Japão não possuem reservas e jazidas de mais de uma dezena de metais e de combustíveis fósseis para manterem suas indústrias e empresas, o seu aparato bélico convencional e nuclear e o consumismo exacerbado imposto pelo modo de produção capitalista. 

“O depoimento de representantes de movimentos sociais do Egito e da Síria, presentes no seminário, foi importante, nesse sentido, para também exemplificarem os prejuízos bio-sócio-econômico-ambientais que estão sofrendo, dado o massacre que os povos desses países e de todo Oriente Médio vêm sendo submetido desde a Segunda Guerra Mundial e, especialmente, a partir de 1967 com a denominada a Guerra dos Seis Dias, que explicitou a disputa por recursos energéticos”, relatou. 

Durante o seminário, as entidades presentes elaboraram um manifesto político com ações para uma campanha nacional e internacional de denúncia contra as empresas mineradoras Samarco, Vale e BHP Biliton. O texto ressalta o necessário socorro às vítimas do crime e cobram a responsabilização punição dos culpados. “Já existia um relatório que indicava os problemas estruturais dessa barragem. Esse documento foi ignorado pela Samarco/Vale/BHP. É impossível dizer que esse crime foi um acidente”, denuncia o manifesto. 

A campanha terá início agora e se estenderá até março, para quando está previsto um novo evento nacional, que debaterá a possibilidade de um tribunal popular, caso medidas ainda não tenham sido efetivadas para punir os responsáveis pelo crime.

“No ano de 2016, será importante a realização de debates sobre o tema pelos movimentos sociais, estudantis e sindicatos, uma vez que, além dos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e que tratam da questão mineral, por exemplo, o novo marco da mineração e a mineração em terras indígenas, o Instituto Brasileiro de Mineração - associação privada representativa de empresas e instituições que atuam na indústria mineral - promoverá, com o suporte institucional, inclusive de algumas universidades federais e dos ministérios de Minas e Energia e de Ciência, Tecnologia e Inovação, o 24º World Mining Congress, no Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 21/10”, completou Domingues.


Confira aqui a íntegra do documento.

Fonte: ANDES-SN

 

 

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