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Esquerda vence eleições na Grécia: população repudia a Troika, os partidos tradicionais e seus planos de austeridade

Neste domingo (25), os gregos foram às urnas e elegeram o partido de esquerda radical Syriza, liderado por Alexis Tsipras, com 36,34% dos votos, com 99,8% das urnas apuradas. O resultado entra para a história do país.


Syriza se fortaleceu ao apresentar propostas alternativas ao povo grego diante da crise econômica, como a ruptura com os planos de arrocho impostos pela União Européia e a Troika (composta por Banco Central Europeu – BCE, Fundo Monetário Internacional – FMI e Comissão Europeia) que vem impondo aos trabalhadores a conta da crise, com ataques aos direitos trabalhistas e às aposentadorias.   


Nas últimas semanas os porta vozes de Syriza falavam em, caso eleitos, propor um novo padrão de renegociação dos serviços da dívida pública.   A legenda conquistou 149 de 300 cadeiras do Parlamento (duas a menos para governar sozinho) e firmou um acordo com o partido “Gregos Independentes”, uma legenda pequena, conservadora, mas que aceitou um acordo para dar a Syriza a maioria parlamentar necessária para assumir.   O líder do Partido, Alexis Tsipras, falou à grande imprensa que “a população grega fez história e deixou para trás cinco anos de humilhação e sofrimento. Vamos recuperar nossa soberania, com nossas propostas de negociação”.   O partido defende o perdão para 50% da dívida pública do país e mais prazo para o pagamento do restante da dívida, além de priorizar benefícios sociais aos gregos.   


O resultado da eleição grega poderá ter impacto sobre outros países europeus, que igualmente sofrem os efeitos da crise e o esgotamento dos partidos tradicionais.   


Para o membro da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas, Sebastião Carlos, o Cacau, a vitória do partido de esquerda é um marco e impõe desafios. “Syriza vai estar agora sob forte pressão dos organismos internacionais e do imperialismo. Angela Merkel, a chanceler alemã, já deu declarações nesse sentido. Nos últimos dias, diante da iminente vitória da esquerda, foram adotadas medidas de blindagem dos bancos europeus que concentram os papéis da dívida grega. Esperamos que o novo governo se apóie nas mobilizações sociais e implemente as mudanças que o povo grego tantas vezes levantou nas ruas e em inúmeras greves gerais”, avaliou o dirigente.   Alguns dados da economia grega sob o controle da Troika (*)   


Dívida pública: em 2008 estava na casa dos 233 bilhões (112,9% do PIB), enquanto no terceiro trimestre de 2014 foi para 321,7 bilhões (177,7%).   Durante o período chamado de “resgate” da dívida, a renda dos trabalhadores caiu 40%.   Em 2014, o índice de desemprego entre os jovens de 15 a 24 anos chegou aos 49,5% (56,6% nas mulheres). Os 66% dos desempregados são de longa duração (mais de dois anos), e cerca de 2.500.000 pessoas não têm Segurança Social (em uma população de 10 milhões).  


O país experimentou nos últimos sete anos uma redução econômica em mais de 25%. O PIB per capita de 2013, chegou a 12.500 euros, retrocedendo aos níveis de 2001, ou seja, 5.020 euros a menos que em 2008 (17.374 euros), quando começou a crise.


Fonte: CSP - Conlutas
Edição: CSP - Conlutas

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