Após três dias de ocupação do gabinete do reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), os estudantes e residentes da Moradia Provisória (MP) e Casa do Estudante (CEU), em assembleia realizada na tarde do dia 29 de abril, decidiram por desocupar o local. A decisão foi tomada após inúmeras tentativas de diálogo com a reitoria que culminaram em uma ordem de reintegração de posse, sujeita à intervenção policial, no segundo dia de ocupação. O prazo dado foi de um dia, encerrando às 20h13 do dia 29. Com o pedido de reintegração de posse, um processo criminal foi aberto contra 19 estudantes, residentes da Casa do Estudante e ex-moradores do alojamento provisório.

Ao saírem da reitoria, os estudantes caminharam em direção à CEU, passando por algumas unidades da UFPel. Foi agendada uma reunião para o dia 30, com a presença do assessor da Reitoria, Paulo Koschier, a pró-reitora de Extensão e Cultura, Denise Bussoletti, a coordenadora da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Ana Catarina Cruz, representantes das entidades sindicais, ADUFPel e ASUFPel, e estudantes para debater a postura da reitoria em relação à pauta de reivindicações apresentada pelos estudantes durante a ocupação que, até o momento não havia sido dialogada.

Entre os encaminhamentos resultantes da reunião, foi definido que os alunos ficarão alojados na CEU até que as obras dos quartos do segundo piso da Casa estejam concluídas, o que só deverá ocorrer em 40 dias.

Além disso, ficou acordado de que os estudantes enviariam uma listagem à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis com os nomes dos alunos interessados em receber o auxílio-instalação, no valor de R$ 360,00. O envio foi feito hoje (04) pela manhã.

Os estudantes reivindicaram, também, o abono de faltas para os residentes do alojamento durante os dias de ocupação, o que não foi resolvido de imediato. O Conselho Coordenador do Ensino, da Pesquisa e da Extensão (Cocepe) recomendou aos alunos que entrem em contato com seus professores e peçam o abono das faltas individualmente.

Assessoria ADUFPel