Estudantes das escolas estaduais de São Paulo estão realizando uma série de protestos contra o projeto de reestruturação da educação básica, apresentado no final de setembro pelo governo do estado. A ideia do governo de São Paulo é fazer com que cada escola possa atender apenas um ciclo de ensino, o que gerará fechamentos de unidades, demissões de professores e trabalhadores temporários e terceirizados, maior lotação nas salas de aulas e fará com que muitos estudantes estudem mais longe de casa.

A onda de protestos espontâneos, que agregaram também os familiares dos estudantes e as comunidades escolares, começou na segunda-feira (5), em diversas cidades do estado. Na capital, uma grande manifestação fechou o centro da cidade. Os estudantes criticam a falta de diálogo por parte do governo estadual, que anunciou a reestruturação sem debater com a comunidade escolar, além do anúncio do fechamento de muitas escolas, que farão com que muitos deles tenham que se andar mais para poder estudar.

O governo paulista quer que as escolas estaduais sejam divididas em três ciclos. O primeiro abrange os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental; o segundo, dos alunos do 6º ao 9º ano do fundamental, e o terceiro reúne os três anos do ensino médio. A medida gerará uma redução de custos para o governo, pois possibilitará a demissão de professores e demais funcionários com contratos precários.

*Com informações e imagem de Esquerda Diário

Fonte: ANDES-SN