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Funcionários da EBSERH entram em greve

?Movimento, que tem adesão dos funcionários do Hospital Universitário da UFPel, ocorre devido à proposta insuficiente de reajuste da Empresa

Trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) entraram em greve hoje, 5 de junho. O movimento, que já tem adesão de funcionários de 29 hospitais universitários, incluindo do Hospital Escola da UFPel, inicia em decorrência da proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) feita pela direção da Empresa, que não cobre sequer a inflação do período, sinalizando perdas salariais. Na última reunião de negociação, a proposta, que foi orientada pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, foi de reajuste de 1%, índice que corresponde apenas a 60% da inflação acumulada no ano.

Essa proposição, ainda, estaria condicionada à desistência do processo de dissídio referente ao ACT 2017/2018, que aguarda julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST) desde setembro de 2017. A mediação via TST ocorreu em decorrência da proposta de reajuste zero realizada pela direção da EBSERH no ano passado. Como a Empresa se negava em atender a qualquer reivindicação da pauta protocolada, foi necessário levar o impasse à justiça. Ainda em 2017, a EBSERH também cortou os valores de insalubridade nos vencimentos de funcionários, de 40% para 20%, e muitos trabalhadores também sofreram perda do abono a que tinham direito.

“Estamos discutindo o ACT 2018/2019, e a Empresa, numa estratégia mal sucedida, tenta vincular as duas propostas, dizendo ‘nós oferecemos 60% do INPC para o acordo coletivo 2018/2019, mas só se vocês tirarem do TST a decisão sobre o ACT 2017/2018. Nós entendemos que essa proposta foi indecente e muito infeliz da administração, desencadeando, então, nosso movimento de greve”, pontua Pablo Martins, assistente-administrativo do Hospital Escola da UFPel.

Para ele, “a EBSERH tem optado por uma política de completo retrocesso”, cortando insalubridade, arrochando os salários da categoria e tentando condicionar o acordo deste ano à desistência do acordo do ano passado.

Reivindicações

A categoria reivindica, para o ACT 2018/2019, o reajuste salarial conforme o índice de inflação do período, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 5% de ganho real. O último reajuste realizado para trabalhadores da EBSERH foi em 2016.

Na manhã de hoje, funcionários da EBSERH realizaram ato público em frente ao HE/UFPel. Foto: Assessoria ADUFPel

Repúdio à proposta da EBSERH

As entidades representativas dos funcionários da EBSERH, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) e a Federação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Fenadsef) lançaram uma nota de repúdio à forma como a Empresa vem tratando as negociações.

"Para os trabalhadores é lamentável perceber, diante desta proposta, que a saúde pública não tem prioridade na pauta deste governo. os hospitais universitários são os únicos responsáveis por atendimentos de alta complexidade pelo SUS [Sistema Único de Saúde] no brasil. Porém, aqueles que diuturnamente trabalham para que estes atendimentos sejam realizados não são valorizados", afirma o documento, que pode ser acessado na íntegra aqui.

TST tenta evitar a greve

Na tarde de ontem, o TST apresentou nova proposta, condicionando-a ao cancelamento da greve. Segundo nota do Condsef, houve a proposição de 70% de retroativos do ACT 2017/2018 com valor do INPC integral do período. O valor desses retroativos seria parcelado em uma parte neste ano e outra no ano que vem. Para o INPC 2018/2019 ficaria assegurado 70% da inflação do período, o significaria cerca de 1.33% de reajuste. A categoria deve avaliar essa proposta ainda hoje. Caso a categoria não aceite, o relator do dissídio informou que irá retirar da pauta do TST o acordo da categoria, que já aguarda a nove meses o julgamento.

O trabalho no HE da UFPel, conforme a legislação indica, segue funcionando com 30% do efetivo de funcionários da EBSERH.

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Assessoria ADUFPel

Fotos: ADUFPel

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