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Governo de Eduardo Leite implementa ensino remoto nas redes pública e privada do estado

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Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou, em videoconferência, na tarde desta quarta-feira (27), que as aulas das redes pública e privada do estado serão retomadas na próxima segunda-feira (1º) por meio do ensino remoto, enquanto que as aulas presenciais deverão iniciar de forma gradual. Há mais de dois meses, as aulas estão suspensas no estado por conta da pandemia. 


A decisão do governo do RS integra um planejamento composto por cinco etapas, apresentado pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc). As duas primeiras fases estão definidas, já as demais ainda dependem da análise da propagação do coronavírus e do aumento da circulação de pessoas. A perspectiva é a de que aconteça a volta às aulas de maneira 100% presencial em setembro, assim que concluídas todas as etapas, porém o plano apresentado pelo governo está sujeito a revisões mensais e as datas podem ser alteradas.


Na primeira fase, o ensino remoto será realizado com apoio da plataforma Google for Education, na qual serão criadas 37 mil turmas e a aplicação das atividades serão feitas pelos pais. Na segunda etapa, que está prevista para iniciar em 15 de junho, será permitida a volta do ensino superior, das pós-graduações, do ensino técnico e de cursos livres, como escolas profissionalizantes, de idiomas, artes ou similares. No entanto, a volta presencial é restrita às atividades práticas essenciais, como conclusão de curso, pesquisa, estágio curricular obrigatório.


Posicionamento do CPERS

De acordo com o diretor-geral do 24º Núcleo do CPERS Sindicato, Mauro Amaral, desde o início da pandemia, o Sindicato tem se posicionado pela suspensão das aulas presenciais porque não há segurança necessária para a preservação da vida dos trabalhadores, dos alunos e dos pais. 


Para um retorno seguro às atividades presenciais, salienta que é necessário seguir e observar o que diz a Organização Mundial da Saúde (OMS). “É preciso que tenhamos, no estado, a transmissão do coronavírus sob controle. Também, que os sistemas de saúde sejam capazes de detectar, testar, isolar e tratar todos os casos e rastrear todos os contatos. O que não temos neste momento”. 


Em relação à implementação de ensino remoto, afirma: “Nós concordamos que no mês de junho é inviável a realização das aulas presenciais porque estamos em uma escala ascendente do coronavírus aqui no Estado do Rio Grande do Sul. Por outro lado, também, nos posicionamos que as aulas à distância não são o ideal, mas, diante desse momento, é o que é possível fazer. O CPERS tem clareza que nada substitui as aulas presenciais, que esse processo que a educação envolve, de afeto e de relações intensas durante o ensino-aprendizagem, jamais serão substituídas pelas aulas à distância.


Acesso à internet ainda está longe de ser universal

Em virtude da desigualdade social no país, as aulas remotas não serão uma realidade possível para todos os estudantes da rede pública. Conforme matéria publicada ontem em nosso site, 20,9% das residências do país não têm acesso algum à internet e 17,3% das crianças de 0 a 14 anos moram em residências que não têm acesso à rede geral de abastecimento de água e 40,8%, em locais sem conexão com o sistema de esgoto, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-Contínua), divulgada em abril pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 


Além disso, 85% dos usuários das classes D e E só acessam a internet pelo celular, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2018. Os mais pobres possuem apenas um plano pré-pago, com baixo limite de dados, impossibilitando uma série de atividades que propõe o ensino remoto, como videoaulas, por exemplo. 


De acordo com levantamento do Dieese, com base no suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) realizada pelo IBGE em 2017, apenas 29,4% dos domicílios gaúchos tinham computadores conectados à Internet. No período de aplicação da pesquisa, 23,9% das residências ainda não tinham qualquer acesso à Internet, mesmo por aparelhos celulares. Os dados também mostram que 1/3 dos domicílios sem acesso à Internet não tem condições financeiras para contratar o serviço.


Assessoria ADUFPel


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