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Notícia

Grande ato marca dia de luta contra a Reforma da Previdência em Pelotas

O dia 15 de março, Dia Nacional de Greves, Paralisações e Mobilizações contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, foi marcado por muita luta em todo o país. Trabalhadoras e trabalhadores reuniram-se para protestar contra a Proposta, que na prática retira de milhões de brasileiros a perspectiva de se aposentar. Em Pelotas, a luta teve início pela manhã. Tendas foram montadas no Chafariz do Calçadão, onde houve distribuição de materiais informativos e coleta de assinaturas para o abaixo-assinado contra a reforma. A RádioCom está realizou cobertura ao vivo da programação.

 

Já pela tarde, o ato unificado partiu do calçadão, percorrendo algumas das ruas centrais de Pelotas. Milhares de manifestantes gritaram contra a destruição da previdência, afirmando que não irão aceitar trabalhar até morrer. Diversos segmentos de trabalhadores, além da juventude, reuniram-se, dialogando também com a população para alertar sobre os riscos da PEC 287. Foi o maior ato dos últimos meses na cidade. A Frente em Defesa do Serviço Público, das Conquistas Sociais e Trabalhistas, da qual a ADUFPel-SSind faz parte, organizou o dia e seguirá mobilizada pela garantia dos direitos dos trabalhadores, afirmando ao governo: nenhum direito a menos!

 

“Cada um de nós que está aqui hoje, está ao mesmo tempo triste e feliz. Triste porque nós estamos tendo que enfrentar tudo isso que está vindo pela frente para acabar com toda perspectiva de futuro. Mas ao mesmo tempo nós estamos felizes por ver que estamos vivos e não vamos nos entregar, que vamos continuar lutando, que vamos buscar o que é nosso de direito. Vamos pegar o nosso destino na mão e fazer a nossa história acontecer”, afirmou a presidente da ADUFPel-SSind, Celeste Pereira, em sua fala durante o ato.



PEC 287 – a destruição da Previdência

A PEC 287 tenta estabelecer muitas mudanças no acesso à aposentadoria. Ao contrário da regra atual, que não coloca idade mínima para aposentadoria, a nova regra institui a idade mínima de 65 anos. Além disso, aumenta para 49 anos a contribuição para obtenção de aposentadoria integral.

 

Outro ponto alarmante da PEC diz respeito às mulheres. Caso a proposta do governo federal passe no Congresso Nacional, as regras para a previdência das mulheres serão equiparadas às dos homens, exigindo 65 anos de idade e 25 anos de contribuição para ambos. Desconsidera, assim, a dupla jornada que as mulheres praticam. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2013, mulheres gastam cerca de 20 horas semanais em atividades não remuneradas voltadas ao lar. Os homens, em contrapartida, se ocupam por apenas 5 horas.

 

Para os trabalhadores do campo, a PEC 287 também estabelece mudanças. A partir dela, deverão contribuir para o INSS, o que não ocorre hoje. Também passa a valer a idade mínima de 65, desconsiderando o trabalho insalubre e o forte desgaste a que estão submetidos os trabalhadores rurais, que são os responsáveis pela alimentação dos brasileiros.

 

Outras medidas avassaladoras da PEC dizem respeito à restrição de benefícios como pensão por morte e invalidez. No serviço público, o governo visa extinguir a integralidade, e os trabalhadores da educação básica terão de trabalhar 10 anos a mais, impactando na vida das mulheres, que representam 80% da categoria.  

 

Assessoria ADUFPel


Fotos: Assessoria ADUFPel

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