Greve dos rodoviários chega ao fim após 13 dias
Os rodoviários de Pelotas indicaram
greve após a realização de três assembleias, nas quais, não houve acordo com os
empresários.
A greve, que durou 13 dias, tornou-se um
marco histórico no município, segundo o presidente do Sindicato dos
Trabalhadores em Transportes Rodoviários, Éder Blank. “Em mais de 30 anos,
nunca aconteceu uma greve tão longa no transporte rodoviário quanto essa”,
afirmou.
A avaliação dos trabalhadores é positiva.
Em maioria, aceitaram o acordo proposto de 6,35% de reajuste no salário –
equivalente à inflação do período – e 29% de aumento no vale-alimentação, além
do 13° vale. Aqueles que aderiram aos primeiros cinco dias de greve (26 a 30 de
novembro) serão descontados. Já os outros oito dias de dezembro serão trocados
por folgas, negociadas ao longo de 2015.
Durante a greve, a frota funcionou
parcialmente, aumentando nos horários de pico. O prefeito Eduardo Leite chegou
a autorizar um “transporte alternativo” com custo da passagem a R$ 3,50. Mesmo
assim, a população fez críticas ao movimento. Historicamente, a falta de apoio
às greves enfraquece a luta dos trabalhadores. Para Blank, “esses transtornos
têm em todas as greves. Vereadores da situação ficam contra nós, prefeito fica
contra nós, mas a população também critica a prefeitura por não resolver a
situação dos trabalhadores”.
Na manhã desta terça-feira (09/12), o
transporte voltou a funcionar regularmente e o valor da passagem continua sendo
R$ 2,75.
Assessoria ADUFPel