Indígenas e entidades promovem ato contra desmonte da política indigenista
Manifestação
contou com o apoio do ANDES-SN e da CSP-Conlutas
“Demarcação todos os dias! Autodemarcação já!” é o que
reivindicam os povos indígenas do Brasil. A afirmação esteve inserida na fala de
representante indígena durante o ato político-cultural contra os ataques do
governo Bolsonaro à causa. A manifestação ocorreu no fim da tarde de ontem (31),
em Belém (PA), e em outras 27 cidades brasileiras e países como Inglaterra,
Estados Unidos, Portugal, Irlanda, Suíça e Canadá, e fez parte da campanha “Sangue
Indígena, nenhuma gota a mais!”.
A partir da Praça da República, os manifestantes saíram em
marcha pelo centro da capital, passando pela sede da Federação da Agricultura e
Pecuária do Pará (Faepa), onde realizaram uma pausa para falas. Gritos como
“Latifúndio não, a nossa luta é por demarcação” foram entoados durante o
percurso.
A pauta de reivindicação inclui a proteção dos direitos
indígenas previstos na Constituição Federal e a demarcação das terras; a
garantia dos direitos humanos e o combate à violência contra indígenas; o
reconhecimento dos povos originários e de sua cultura ancestral; e a não
transferência da Funai para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Docentes
integram-se à luta
Professores e professoras, entre eles delegados e
observadores da ADUFPel-SSind, que participam na cidade de Belém do 38º
Congresso do Sindicato Nacional, somaram-se ao ato após a plenária
do Tema II, sobre políticas sociais e plano de lutas. Também presente, o presidente do ANDES-SN, Antonio Gonçalves, manifestou apoio à luta
indígena.
“Viemos nos somar à manifestação dos povos indígenas em
defesa da demarcação de terras em um contexto de agressão à natureza em nome do
lucro, como o que estamos vivenciando agora com o crime da Vale em Brumadinho.
Toda a nossa solidariedade às nações indígenas. O ANDES e a CSP-Conlutas estão
na rua juntamente com a população indígena do Pará. Vamos à luta!”, afirmou
Gonçalves.
Promoção
Promovida pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil
(Apib), a atividade foi convocada pelo Fórum da Amazônia Oriental (Faor),
Movimento Xingu Vivo, Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Associação dos
Povos Indígenas Estudantes na UFPA (Apyeufpa), CSP-Conlutas, Sociedade Paraense
de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), Sindicato dos Trabalhadores das
Instituições Federais de Ensino Superior (Sindtifes), Instituto Universidade
Popular (Unipop), Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (Aeba),
Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Rede Emancipa, Coletivo
Juntos, Agência de Notícia Jovens Comunicadores da Amazônia, Movimento de
Organização de Base e Coletivo Vamos à Luta.
Assessoria ADUFPel
Fotos: Assessoria ADUFPel