Mais de 50 entidades vão a lançamento do Fórum por Direitos e Liberdades
Mais de
50 entidades participaram, na noite de terça-feira (19), do lançamento do
Fórum Sindical, Popular e de Juventudes por direitos e liberdades democráticas.
O evento aconteceu na sede da Apeoesp, em São Paulo (SP), e o público lotou o
auditório da entidade. Diretores do ANDES-SN estiveram presentes juntamente aos
representantes de diversas seções sindicais, entre elas a ADUFPel-SSind,
representada por dois diretores e três integrantes do Conselho de
Representantes (CR).
O Fórum
tem como objetivo a construção de uma ampla unidade para lutar contra os
ataques à classe trabalhadora. A participação do ANDES-SN nesse espaço, bem
como no processo de reorganização da classe trabalhadora, é uma deliberação
congressual.
A
abertura do ato foi marcada pela apresentação cultural da banda “As
despejadas”, formada por cinco mulheres. Na sequência, foi composta a mesa do
evento com as representações da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora,
CSP-Conlutas, Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora, Oposição do Sinteps, Oposição do Sepes e UNE. Os trabalhos foram
coordenados pelo presidente do ANDES-SN, Antonio Gonçalves.
Após as
falas de abertura, nas quais as entidades reafirmaram o compromisso de
construção do Fórum, foram abertas inscrições. Representantes de 20 entidades,
entre movimentos populares, da juventude e sindicais fizeram saudações.
Ressaltaram a importância da unidade de luta para defesa dos direitos sociais e
trabalhistas e do Fórum como um espaço aglutinador de forças.
O
presidente do ANDES-SN fez uma avaliação muito positiva do evento. Antonio
ressaltou a expressiva participação de diversos setores da classe trabalhadora.
Destacou também a disposição do ANDES-SN e das demais entidades e movimentos de
continuar a construção do Fórum.
Para
Antonio, o momento exige a mais ampla unidade entre a classe trabalhadora. “Os
ataques que estão em curso exigem que as entidades possam avançar nesse
processo de resistência. Sozinhos dificilmente nós conseguiríamos derrotar
essas contrarreformas”, avaliou.
“A partir
do momento em que dialogamos com outras categorias de servidores públicos, com
movimentos sociais e movimentos da juventude, que também são afetados por essas
políticas, nós temos mais chances e mais força para barrar esses ataques”,
afirmou o presidente do Sindicato Nacional.
Gonçalves
ressalta que a luta pela pauta específica da categoria docente - como salário,
condições de trabalho e carreira -, passa pela unidade com vários setores.
“Para que essas conquistas, digamos mais do campo da nossa categoria, sejam
atingidas, elas são precedidas de uma luta política maior no que tange a
garantia da Educação como um direito social para todas e todos. Passa pela
defesa do financiamento público para a educação pública, por exemplo. O esforço
de construir esse fórum é justamente criar um ambiente que nos fortaleça, para
que nós tenhamos a manutenção de direitos duramente conquistados, para que
tenhamos liberdade no exercício da nossa profissão, mas também que nós possamos
ganhar força para conquistar novos direitos, tão necessários para o projeto de
educação que nós defendemos no ANDES-SN”, concluiu.
A próxima
reunião do Fórum está marcada para dia 21 de março, a partir das 9 horas, na
sede da Apeoesp, na capital paulista.
Manifesto
por Direitos e Liberdades Democráticas
Durante a atividade de lançamento, foi apresentado também o manifesto do Fórum,
que já conta com a adesão de dezenas de entidades. O texto é composto por onze
eixos, como a defesa dos direitos trabalhistas e o posicionamento contrário ao
fim do Ministério do Trabalho. A defesa da Previdência Pública e universal e a
luta contra reforma da Previdência também estão na pauta.
Compõem o
manifesto as defesas da Educação e da Saúde Públicas gratuitas e de qualidade e
das Liberdades Democráticas. O documento também aborda a luta pela
Reforma Urbana e Agrária, a defesa da política de igualdade racial, de gênero e
respeito às diversidades sexuais.
Outros
eixos presentes são a luta contra a criminalização dos movimentos sociais, pela
revogação da EC/95, em defesa do emprego, salário e moradia. A defesa do setor
público estatal e a luta contra as privatizações também estão no manifesto. Por
último, o Fórum se posiciona pela liberdade de ensinar e de aprender, em defesa
da autonomia das instituições de ensino públicas. Confiraaqui o documento.
Fonte: ANDES-SN
Fotos: Luiz Henrique Schuch e Adufu SSind