Massacre de Eldorado dos Carajás completa 23 anos
Em 17 de abril de 1996, 19 militantes do MST foram
executados pela Polícia Militar do Pará, no que ficou conhecido como Massacre
de Eldorado dos Carajás.
Na data, trabalhadores rurais sem terra ocuparam a BR-155,
rodovia que liga o sul do estado Belém. Eles marchavam para a capital, reivindicando
a desapropriação de um latifúndio improdutivo e a sua destinação para Reforma
Agrária.
O então governador, Almir Gabriel (PSDB), enviou as tropas
comandadas pelo Coronel Mário Pantoja e pelo major José Maria Oliveira. O
contingente militar saiu do quartel sem as devidas identificações na farda e
com a ordem de “usar a força necessária, inclusive atirar”. A declaração foi
dada dias depois do massacre pelo então secretário de segurança pública do
Pará, Paulo Sette Câmara.
Na operação militar, segundo os laudos médicos, dez trabalhadores foram executados à queima roupa, alguns, alvejados com tiros na
nuca e na cabeça. Sete trabalhadores foram mortos a golpes de facão e enxada.
Em 2012, Pantoja e Oliveira foram condenados pela justiça.
O primeiro a 228 anos e o segundo, a 158 anos de reclusão. Atualmente, nenhum
dos dois está em regime fechado.
Fonte: ANDES-SN