A Mercedes-Benz anunciou, na terça-feira (19), a demissão de 500 trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo, região do ABC, em São Paulo, que estavam com os contratos suspensos. Eles serão desligados da empresa no dia 29 de maio. Outros sete mil trabalhadores das áreas de produção entrarão em férias coletivas por 15 dias a partir de 1° de junho. 

No mês de abril, a empresa já havia anunciado a demissão de 500 trabalhadores. Porém, no final do mês, após greve dos funcionários, a Mercedes decidiu cancelar as demissões (Veja aqui). A Mercedes, em nota, afirma que "precisa recorrer às medidas para enfrentar o desfavorável cenário econômico".

Demissões 

A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), associação que reúne as montadoras, contabilizou 4, 9 mil trabalhadores demitidos entre janeiro e abril deste ano. A indústria automobilística demitiu no mês passado, mais de 1, 2 mil funcionários e encerrou o mês com 139.580 trabalhadores, 0,9% a menos do que em março e 9,5% a menos do que o registrado no mesmo mês de 2014.

Na última sexta-feira (15), a General Motors (GM)  anunciou suspensão de contrato de mais 900 funcionários na fábrica de São Caetano do Sul, também localizada no ABC. Além deles, outros 816 trabalhadores da empresa já estavam afastados. No Rio Grande Sul, na segunda-feira (18), os metalúrgicos da GM de Gravataí conseguiram um acordo com a montadora para evitar a demissão de 1,5 mil trabalhadores.  A categoria aceitou a ampliação do chamado day-off, mecanismo através do qual o trabalhador recebe folga sem perda de remuneração, com os dias não trabalhados descontados do banco de horas. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, as homologações de dispensas da GM já somam 500 desde outubro, passando de mil nos últimos 12 meses. 

Na Volvo, em Curitiba (PR), cerca de 4 mil trabalhadores estão em greve há nove dias após a companhia sueca anunciar demissões e cortes salariais. A empresa ainda não apresentou nova proposta que atendesse as reivindicações da categoria (Veja aqui). Na Volkswagen no ABC, depois de dez dias de paralisação no mês de janeiro, a empresa reconsiderou a demissão de 800 trabalhadores.

*Com informações do G1 

**Foto: Divulgação

Fonte: ANDES-SN