Milhares aderem à greve geral em Pelotas
O dia 28 de abril foi um marco na luta da classe trabalhadora. A greve geral, chamada pelas centrais sindicais, obteve adesão de cerca de 40 milhões de trabalhadores em todo o país que, junto à juventude, cruzaram os braços para manifestar a discordância pelas medidas do governo ilegítimo de Michel Temer, acenando, principalmente, o repúdio às Reformas Trabalhista e Previdenciária, que tramitam no Congresso Nacional, e à terceirização, já sancionada. Em Pelotas, houve atividades durante todo o dia, culminando com uma grande marcha, com a participação de cerca de 5 mil pessoas.
A cidade amanheceu silenciosa. Com a adesão da categoria dos rodoviários à greve geral e com os piquetes formados em frente às garagens das empresas de ônibus, o transporte municipal esteve suspenso. O comércio, que inicialmente abriu as portas, diante da pressão dos manifestantes para a liberação dos funcionários, recuou e precisou fechar. Centenas de pessoas, concentradas no calçadão de Pelotas, caminharam pedindo o fechamento das lojas.
Após a concentração no calçadão, a atividade seguiu no largo do Mercado Público, de onde saiu a marcha da greve geral. Milhares de pessoas percorreram o Centro da cidade entoando palavras de ordem como: “Fora Temer”, “Fora Sartori”, “Eu tô na rua é para lutar pelo direito de me aposentar”, entre outras. O ato encerrou as atividades do dia.
“A greve geral foi um sucesso, com praticamente toda a força produtiva do país paralisada. Todos os segmentos se uniram para dizer a esse governo que não vai ser fácil retirar os nossos direitos. Nós vamos à luta. Está acesa a esperança da classe trabalhadora neste país ”, destacou a presidente da ADUFPel-SSind, Celeste Pereira.
Rio Grande do Sul
Em Porto Alegre, a greve geral teve adesão de bancários, comerciantes, trabalhadores e trabalhadoras da Justiça do Trabalho, professoras e professores de escolas e universidades. A BR 290, sentido interior-capital, foi trancada por integrantes do MST, MTD e centrais sindicais. A liberação ocorreu após ação truculenta da Brigada Militar, que lançou bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes.
Protestos e piquetes também ocorreram em Uruguaiana, Jaguarão, cuja fronteira foi fechada, e Santa Maria.
Assessoria ADUFPel
* Com informações de ANDES-SN
Fotos: Assessoria ADUFPel