MPF investiga baixo repasse do governo federal no combate ao coronavírus
O Ministério Público Federal (MPF) ordenou, nesta terça-feira (2), a abertura de um inquérito civil para apurar a baixa aplicação de dinheiro público no combate à pandemia de coronavírus. Até o dia 27 de maio, o governo utilizou apenas 6,8% dos recursos disponíveis, enquanto que o país ultrapassa 31 mil mortes por COVID-19 e enfrenta uma crise sanitária.
De acordo com informações dos procuradores, foram disponibilizados R$ 11,74 bilhões pelo Ministério da Saúde para execução direta, mas só foram usados R$ 2,59 bilhões. Na ação, os procuradores destacaram que os repasses aos estados e municípios foram reduzidos drasticamente a partir da segunda quinzena de abril.
A instauração da investigação ocorreu após um estudo elaborado por meio de dados de páginas oficiais do Ministério da Saúde. A partir disso, foi constatado que os dados apontavam para uma possível ineficiência da União no enfrentamento à pandemia. As ocorrências a serem analisadas são: a baixa utilização dos recursos previstos para despesas, demora na liberação de recursos aos demais entes federativos e pequena participação da União no custeio da saúde, em relação ao financiamento total assumido pelos entes federativos.
Foi dado ao Ministério da Saúde, ao Conselho Nacional de Saúde, ao Conselho Nacional dos Secretários da Fazenda, à Frente Nacional de Prefeitos e à Confederação Nacional de Municípios e Instituição Fiscal Independente um prazo de dez dias para a prestação de informações que possam colaborar com o caso.
Em um mês, número de mortos e infectados aumentou cinco vezes
Segundo informações do Ministério da Saúde, divulgadas nesta terça-feira (2), já foram registradas 31.199 mortes no Brasil por causa do coronavírus. Em 24 horas, foram 1.262 óbitos. Em um mês, o número de casos da doença aumentou 5,7 vezes. Em 1º de maio, o Brasil tinha 91.589 pessoas diagnosticadas com COVID-19 e agora é mais de meio milhão. O número de mortos também aumentou significativamente. Há um mês, o país tinha 6.329 óbitos, enquanto que hoje tem cerca de 4,7 vezes mais.
Assessoria ADUFPel
Com informações de Correio Braziliense, Correio do Povo e Sul 21.