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Notícia

Mulheres vão às ruas por direitos e contra a violência no dia 8 de março

Mulheres de todo o mundo irão tomar as ruas novamente no dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher. A data, assim como nos anos anteriores, será marcada como um dia de luta pela libertação das mulheres de todas as formas de opressão, em repúdio à violência e contra a retirada de direitos.


Organizada por sindicatos, coletivos e movimentos sociais, a atividade em Pelotas terá como mote a defesa da aposentadoria, pela vida das mulheres e por Marielle - vereadora executada no RJ em 2018. Um ato está sendo organizado para começar às 17h, no largo do Mercado Público.


A participação das/os docentes na construção do Dia da Mulher foi deliberada no 38º Congresso do ANDES-SN. Em Pelotas, pelo quinto ano consecutivo, a ADUFPel-SSind participa da organização das atividades e convida todas/os a integrarem-se ao ato no dia 8.


Reforma da Previdência aprofunda desigualdades

Assim como no ano anterior, a mobilização alertará para os ataques aos direitos das trabalhadoras, com destaque para a Reforma da Previdência, apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro na manhã do dia 20 de fevereiro.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), ao aumentar da idade mínima para aposentadoria das mulheres trabalhadoras - de 60 para 62 anos -, desconsidera todas as desigualdades do mercado de trabalho. Além da suscetibilidade maior em relação a vínculos trabalhistas, mulheres ainda recebem menores salários e ocupam menos cargos de poder.  


A PEC penaliza ainda mais as mulheres, em especial as trabalhadoras negras e rurais. Dados do IBGE apontam que 50% (14,1 milhões) do total de desempregados são mulheres, sendo que 63,2% são negras. As mulheres negras também são as maiores vítimas de feminicídio e de violência policial no Brasil. Os números apenas comprovam que o preconceito e o racismo ainda persistem e que a luta por igualdade está apenas começando.

Ainda, ao afirmar que essa mudança é justa, o governo desconsidera todas as desigualdades do mercado de trabalho, como a divisão sexual, que faz com as mulheres realizem duplas jornadas, recebam menos que os homens e sejam as mais rejeitadas pelo mercado.

De acordo com o estudo divulgado em 2018 pelo IBGE sobre estatísticas de gênero, as mulheres trabalham, em média, três horas por semana a mais do que os homens, combinando trabalhos remunerados, afazeres domésticos e cuidados de pessoas. Mesmo assim, e ainda contando com um nível educacional mais alto, elas ganham, em média, 76,5% do rendimento dos homens.

Violência contra a mulher

O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH). No Atlas da Violência 2018, produzido pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), dados apontam que em 2016 o Brasil alcançou a marca histórica de 62.517 homicídios, segundo informações do Ministério da Saúde (MS). Isso equivale a uma taxa de 30,3 mortes para cada 100 mil habitantes, que corresponde a 30 vezes a taxa da Europa. Apenas nos últimos dez anos, 553 mil pessoas perderam suas vidas devido à violência intencional no Brasil.

O estudo também mostra que mulheres negras ainda são as principais vítimas de feminicídio. A taxa de assassinatos analisada do último ano é maior entre as mulheres negras. A diferença é de 71%. Em relação aos últimos dez anos analisados, os assassinatos de mulheres negras aumentaram em 15,4%, enquanto que entre as brancas houve queda de 8%.

Em 2018, no Rio Grande do Sul, houve um aumento de 40,9% nos casos de feminicídio, em relação ao ano anterior. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, divulgados em janeiro deste ano, 117 mulheres foram mortas. Em Pelotas, ocorreram 7 feminicídios, 51 estupros, 670 casos de lesão corporal e 1.011 ameaças a mulheres.

Assessoria ADUFPel


Imagem: Divulgação


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