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Nota política da diretoria da ADUFPel-SSind: A ADUFPel e a democracia!

Em tempos onde o tema da democracia tem sido pauta contínua na Universidade Federal de Pelotas e no Brasil, é imprescindível que sejam elucidados alguns aspectos que caracterizam esta seção sindical.

 

Nas últimas semanas, a ADUFPel e sua atual diretoria têm sido alvo de uma série de ataques que põem em dúvida de forma deliberada mas incoerente sua conduta na defesa dos direitos de seus representados. Nossa história de lutas completa já 40 anos de existência e tem protagonizado conquistas e resistências fundamentais no campo da luta de classes e na defesa dos direitos dxs docentes.

 

Temos grande respeito pela categoria que representamos e envidamos todos os esforços nas diversas frentes e ações gerais e específicas que tem rebatimento direto sobre a vida dxs trabalhadorxs, entre xs quais está inserida a categoria representada por esta SSind.

 

Defendemos de forma intransigente a autonomia das Universidades e entidades representativas dos segmentos que a compõe e jamais teríamos a pretensão de pautar aquilo que cada um desses segmentos deve ou não defender; do mesmo modo que não admitimos ser pautados por partidos, reitorias ou governos.

 

Democracia para nós é tema sério, por demais caro! Democracia para nós se traduz no respeito às diferenças de opinião, embasadas em conjunto de argumentos fundamentados politicamente, baseados em construções teóricas e práticas da luta sindical no decorrer de toda a sua história. Portanto, se não há espaço para críticas e posicionamentos divergentes, a democracia não passa de discurso retórico. Desse modo, promover a discórdia entre os segmentos da Universidade em nome de uma democracia de que se abre mão pode esconder objetivos outros, não revelados, e pode esconder pretensões não declaradas.

 

Democracia também perpassa a defesa dos direitos à seguridade social e à educação pública. Em que pese a Constituição Brasileira deixar muito a desejar em termos de direitos ao povo trabalhador, ela demarca com clareza princípios que têm sido violentamente aviltados. Defender esses princípios é tarefa cotidiana desse sindicato a qual não nos furtaremos. Não mudamos de opinião quanto aos princípios que defendemos e, por isso, entendemos que são inquestionáveis. Temos clareza do que defendemos e não temos receio de fazer essa defesa de forma pública e direta.

 

A medida da democracia não é a sua forma ou seu instrumento; o que a define é o seu conteúdo. Temos afirmado por todas as unidades da UFPel que em uma sociedade civilizada e que se pretende democrática, os direitos sociais para o povo trabalhador são a mais importante conquista democrática que temos até então. Antidemocrático é colocar o direito à educação superior pública e gratuita em dúvida a ser respondida em uma enquete cuja única pergunta coerente seria: você é a favor da destruição da UFPel?

 

A antidemocracia, por vezes, usa uma máscara supostamente democrática para esconder sua posição conservadora. Não nos enquadramos nessa descrição e nossa história o tem demonstrado; nós não somos oportunistas, levianos, nem sindicalistas de ocasião, engravatados, escondidos atrás do poder de cargos. Temos a cara da coragem para os enfrentamentos necessários, porque nos reconhecemos enquanto trabalhadorxs e sabemos que para nós nada vem de graça. O encaminhamento de questionamentos políticos que esvaziam o conteúdo do debate político não condiz com nossa prática sindical e certamente não terá êxito entre nós.

 

Há algo de positivo nestes últimos dias: a UFPel está viva! A quantidade de atividades que estão sendo realizadas nas unidades, desde rodas de conversa, reuniões até assembleias da comunidade, têm envolvido docentes, técnico-administrativos e estudantes, sem distinção hierárquica, para posicionarem-se em relação ao desmonte da educação pública brasileira. E todas elas, até o momento, estão dizendo: Não ao Future-se! Que o Conselho Superior se posicione contrariamente já! Com estas iniciativas é que compreendemos que a democracia que defendemos está em consonância, na forma e no conteúdo, com uma sociedade emancipada e de garantia de direitos.

 

Nos manteremos obstinadxs na defesa de nossa categoria e nenhuma manifestação leviana e inconsistente nos fará mudar o rumo, pois como disse o poeta Mário Quintana "eles passarão" e a ADUFPel passarinho!

Avante! Só a luta muda a vida!

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