Novo dia de luta contra a Reforma da Previdência é convocado para 12 de julho
Uma nova mobilização contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, da Reforma da Previdência, está sendo chamada pelas Centrais Sindicais para o dia 12 de julho, data originalmente proposta pelo movimento estudantil. Com a iminência da votação do relatório final sobre a PEC pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, o chamado tem como objetivo intensificar a pressão contra a aprovação da Reforma.
No dia 25 de junho, as direções das Centrais divulgaram nota unificada em que convocam as trabalhadores/as a unirem à mobilização. O documento também busca conclamar a todas/os para exercerem pressão contrária à Reforma junto a deputados e senadores. “Renovamos e destacamos a importância de reforçar a atuação junto ao parlamento e parlamentares, visando argumentar e tratar das questões e do conteúdo dessa nefasta reforma”, aponta a nota.
A mobilização do dia 12 foi proposta pela União Nacional dos Estudantes (UNE), que entre 10 e 14 de julho realiza seu Congresso Nacional (CONUNE) em Brasília (DF). As Centrais e o ANDES-SN, a partir da articulação com o movimento estudantil, incorporam a data. Os participantes do 64º CONAD, que ocorre entre 11 e 14 de julho também em Brasília, integrarão a manifestação na capital nacional.
ADUFPel pautará questão na próxima AG
No dia 3 de julho, a categoria docente da UFPel discutirá a mobilização em Assembleia Geral (AG). “Há a expectativa de que a categoria faça a adesão a esse movimento nacional assim como tem feito nas últimas atividades, em que temos visto muitos professores participando”, aponta a presidenta da ADUFPel-SSind, Celeste Pereira, para quem a Reforma da Previdência destrói o que é a essência da seguridade social. “Ela é danosa para todos, não tem ninguém que vai conseguir ficar imune ao que essa Reforma traz, a não ser os políticos e o grande capital. Os demais, trabalhadores, irão sofrer. São décadas de luta para garantir direitos que estão sendo jogados no lixo e, para isso, resistência e luta”, avalia.
Tramitação da PEC
O presidente Jair Bolsonaro, desde eleito, tem como prioridade a aprovação da Contrarreforma da Previdência. No entanto, vem enfrentando dificuldades em negociar com o Congresso devido à bancada de oposição e à pressão popular. Após enfrentar derrotas, o governo quer acelerar a tramitação da proposta.
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o governo conseguirá votar no Plenário da Casa no início de julho. No entanto, ressaltou que que a agenda só será cumprida se não houver “tropeços” ou “movimentos erráticos” do governo e dos parlamentares.
Na terça-feira (25), os líderes dos partidos de oposição reuniram-se para debater o andamento das discussões no Congresso e para definir a estratégia da minoria para votar na Comissão. Eles pretendem se posicionar contra o relatório e adiar a votação.
Assessoria ADUFPel
*com informações de CSP-Conlutas