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"O isolamento é um ato de amor", afirma docente aposentada da UFPel

Ao defender o fim do isolamento social durante a pandemia de Coronavírus (COVID-19), Jair Bolsonaro ataca e ofende a população idosa do país, tratando-a como descartável e como um problema para a economia brasileira. O presidente chegou a afirmar que a “gripezinha” apenas matará os mais velhos e que, por isso, o país deve voltar a trabalhar.


O presidente da república já havia demonstrado o desprezo aos mais velhos com uma série de medidas que retiraram seus direitos, como a Reforma da Previdência. Mas as recentes declarações, em rede nacional de televisão, foram o cúmulo do desrespeito aos idosos. 


Claudete Coelho, docente aposentada da UFPel e membro do Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) da ADUFPel, critica o presidente. Com 76 anos e pré-diabética, ela sugere que a população siga as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), e não as de Bolsonaro. 


“Me sinto bastante incomodada com as declarações do presidente, porque a OMS está recomendando o confinamento para todas as idades, para todo mundo. Então, no momento em que o presidente faz, como fez, aparição pública, fica uma situação bastante desagradável. Não para mim, que entendo a maneira dele pensar, mas para as pessoas menos esclarecidas que acreditam que, por ele ser o primeiro mandatário da nação, está falando a verdade. Isso pode gerar muita confusão nas classes menos favorecidas”, comenta a docente. 


Claudete afirma que está tomando maiores precauções de saúde durante a pandemia. Está controlando o diabetes e não apresenta problemas, mas sabe que o serviço de saúde está complicado por conta do atendimento aos contaminados por COVID-19. 


A docente aposentada da UFPel também ressalta a importância de manter o isolamento social. Há quase duas semanas sem sair de casa, Claudete sente falta de caminhar na rua, mas sabe que o sacrifício é importante. “Ficar em casa, para mim, é bastante difícil. Sou muito ágil, gosto de andar na rua. Já estou reclusa há dias. Quando preciso de auxílio externo, recorro aos amigos. Não sobrecarrego ninguém, procuro um, depois procuro outro, e estou sendo atendida assim”, comenta. 


Para Claudete Coelho, o mais importante nesse momento é que todos fiquem em casa, não apenas os idosos. “A mensagem que eu gostaria de deixar é que o isolamento é um ato de amor. É importante ficar em casa. Peço a todos meus amigos e conhecidos que fiquem em casa. É difícil, claro que é. Principalmente para os idosos, porque é um hábito que a gente não tem. A maioria dos aposentados gosta de andar na rua. Mas é preciso sacrifício nesse momento”, conclui a docente. 


Assessoria ADUFPel

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