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Notícia

Pelo país, trabalhadores de diversos setores entram em greve, fazem atos e bloqueiam vias; é preciso unificar as lutas!

Metalúrgicos, professores, servidores públicos, caminhoneiros estão fazendo greves, paralisações, travamento de avenidas e se mobilizando por salários e também contra as medidas do governo que atacam direitos.  

 

A CSP-Conlutas já vinha alertando para o descontentamento dos trabalhadores com uma situação que se agrava no país: econômica, social e política. O baixo crescimento da economia, o aumento da inflação e do combustível, as denúncias constantes de corrupção, as medidas de ajuste nas contas públicas que retira direitos dos servidores públicos e corta investimento nas áreas sociais acentuam o aumento das demissões e do arrocho nos salários. Ou seja, quem paga o preço da crise mais uma vez são os trabalhadores!    

 

Metalúrgicos -  Os metalúrgicos da GM de São José dos Campos (SP) estão em greve há seis dias contra a ameaça de demissão da empresa. A montadora possui 5.200 trabalhadores na fábrica de São José dos Campos e produz os veículos S10 e Trailblazer, além de motores, transmissões e CKD.   

 

Também enfrentam a patronal os metalúrgicos da Ford de São Bernardo dos Campos (SP) com a demissão de 420 trabalhadores e a Volks de Taubaté (SP), com a imposição de férias coletivas.   


Trabalhadores da construção civil - Os trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) estão realizando diversas manifestações pelo pagamento de salários atrasados há mais de três meses pela empresa Alumini Engenharia, contratada da Petrobras.Travaram a ponte Rio-Niterói por duas horas no início de fevereiro e estão acampados em Brasília cobrando que o governo intervenha para que a empresa pague o que deve aos operários.

 

Terceirizados Petrobras em Manaus foram dispensados desde que a operação Lava-Jato foi deflagrada pela Polícia Federal.   


Também na Bahia, em Maragogipe, um estaleiro que construía embarcações para a Petrobras dispensou 2 mil trabalhadores nos últimos quatro meses, as três empresas donas do consórcio foram citadas na Operação Lava-Jato.  

 

Na Refinaria Abreu e Lima (PE) 4,6 mil trabalhadores foram demitidos também pelo mesmo motivo.  

 

Trabalhadores em Educação – Os profissionais em Educação do Paraná estão há 15 dias em greve contra medidas do governo que atacam os direitos dos servidores públicos. Chegaram a ocupar a Assembleia Legislativa do estado por quatro dias até que o governo voltasse atrás da decisão. A categoria segue parada pelas reivindicações especificas. Nesta quarta-feira (25), mais 30 mil professores e funcionários de escola realizaram uma passeata massiva pelas ruas da capital. 

 

Também no Distrito Federal, os educadores querem que os salários sejam pagos integralmente e não parcelados, como definiu o governo, e estão em luta contra a tentativa governamental de limitar o direito de greve por meio judicial.  

 

Servidores públicos - Os servidores públicos estão em Brasília nesta quarta-feira (25) para o lançamento de sua campanha salarial unificada. Há um calendário intenso de mobilizações contra os ataques do governo. 

 

Os trabalhadores terceirizados reunidos em assembleia geral, ocorrida na Praça Rio Branco, no centro de Teresina (PI), deflagraram greve geral por tempo indeterminado. Entre os presentes estavam vigilantes e serviços gerais.  

 

Alguns segmentos do serviço público do Paraná, como o dos servidores do Departamento de Trânsito, pararam contra o pacote de medidas de austeridade que está em discussão no legislativo daquele estado.  

 

Os servidores da Procuradoria da República no Acre também estão em luta e reclamam que não têm ganho real salarial há nove anos. Os servidores do Tribunal de Justiça do Piauí alegam que não receberam o reajuste de 10% que havia sido acordado em junho do ano passado com a presidência da Corte. Dos mais de 2 mil servidores, 90% aderiram à greve.  

 

Também os servidores da Prefeitura de Maceió (AL) estão em luta por reajuste de 14% e paralisaram as atividades.  

 

Caminhoneiros - Desde segunda-feira (23) caminhoneiros fazem o bloqueio de rodovias federais em protesto contra o aumento do combustível, cobrança de pedágio, entre outras reivindicações. Na terça-feira (24), houve o travamento de BRs em 11 estados: Bahia, Pará, Ceará, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás, com liberação apenas no final do dia.  

 

O bloqueio refletiu em vários setores da indústria, com a dispensa de funcionários, e impedimento ao acesso aos portos de carga e descarga de produtos para a exportação.  

 

Em Minas Gerais, na fábrica da Fiat de Betim, cuja produção é de três mil veículos por dia, cerca de 6 mil funcionários foram dispensados por falta de componentes e peças para a montagem dos veículos.   


A empresa JBS, responsável pelo processamento de carne bovina, ovina e de aves, foi forçada a suspender as operações em oito unidades devido ao problema de logística ocasionado pelo bloqueio das vias. Também empresas responsáveis pela produção de leite tiveram prejuízos.   


Para o membro da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas, Cacau Pereira, o Cacau, é preciso fortalecer essas lutas que se enfrentam com a política do governo. “Não podemos aceitar que os trabalhadores sejam penalizados com a crise na economia, essa crise não foi criada por eles. Enquanto o governo economiza para pagar juros aos bancos e manter os privilégios aos empresários, o povo pobre é quem paga a conta com demissões e arrocho”, denuncia.   


Cacau sugere a unidade dessas lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores. “Temos que buscar em cada uma dessas mobilizações e greves a unidade no enfrentamento contra esses ataques. Por isso é fundamental que as outras centrais rompam com governo de uma vez por todas, se unam conosco lutando pelos interesses dos trabalhadores”, finalizou. 


Fonte: CSP-Conlutas
Edição: CSP-Conlutas


Fotografia: APP-Sindicato

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