Pesquisa do IBGE mostra aumento da desigualdade social no Brasil
A desigualdade social aumentou no Brasil e metade da população do país vive com R$ 413 mensais. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) de 2018, divulgados na quarta (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, que é realizada anualmente desde 2012, o Índice de Gini, que mede o grau de concentração de renda, aumentou para 0,545. Ele foi de 0,508 em 2012, caindo até 0,494 em 2015 e voltando a subir até 0,509 em 2018. O índice varia de zero (igualdade) até um (desigualdade máxima).
Na prática, isso significa que os rendimentos dos 1% mais ricos do país cresceram 8,4% em um ano, enquanto o dos 50% mais pobres caiu 3,2% no mesmo período. Em média, o 1% mais rico da população (2,1 milhões de brasileiros) tem renda de R$ 16 mil. Já a metade mais pobre (104 milhões), vive com R$ 413 mensais.
A parcela mais rica do país vive, portanto, com 40 vezes mais dinheiro que a metade do mais pobre do povo brasileiro. Já os 5% mais pobres do país (10,4 milhões de pessoas) vivem com apenas R$ 51 mensais.
Para o IBGE, o aumento da desigualdade tem relação direta com a precarização do mundo do trabalho. Em 2018, 35,4 milhões de brasileiros são trabalhadores informais, recorde histórico desde que a PNADC foi criada.
Desigualdade racial e de gênero
De acordo com o IBGE, os trabalhadores brancos ganham, em média, 75% a mais que os trabalhadores pretos e pardos. Já os homens ganham, em geral, 26% a mais que as mulheres.
Assessoria ADUFPel
Com informações de IBGE e imagem de Agência Brasil.