ADUFPEL - Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pelotas

Logo e Menu de Navegação

Andes Sindicato Nacional
A- A+

Notícia

Polonesas fazem greve e vão às ruas contra projeto que proíbe aborto no país

Milhões de mulheres polonesas paralisaram as atividades na segunda-feira (3) e saíram às ruas da capital Varsóvia para protestar contra um projeto de lei que proíbe totalmente o aborto no país. Outros protestos também foram realizados em diversas cidades da Polônia. Lojas, restaurantes, museus, universidades e escolas fecharam as suas portas em apoio à manifestação nacional.

Vestidas de preto, que simboliza o luto pela perda de direitos reprodutivos, as manifestantes gritavam palavras de ordem como "Queremos que os médicos, não missionários!" e exigiam a retirada imediata do projeto de lei do Parlamento.

O projeto, que tem o apoio da Igreja Católica, proíbe totalmente a interrupção voluntária da gravidez. Mulheres que tenham passado pelo procedimento poderão ser punidas com até cinco anos de prisão. Médicos que tenham feito assistência também poderão ir ser presos e condenados. Críticos da proposta afirmam que, caso o projeto seja aprovado, gestantes que tiverem aborto espontâneo poderam ser investigadas, uma vez que os sintomas são parecidos com o aborto induzido.

Atualmente, a Polônia tem uma das leis mais restritivas contra o aborto da Europa, com uma legislação semelhante à brasileira. Hoje, o aborto legal é realizado no país apenas em caso de estupro, incesto, quando há risco de vida à mãe e/ou ou má formação fetal. Segundo os números oficiais, há por ano entre mil e 2000 abortos legais no país, contra os até 150 mil ilegais, informa a BBC. As mulheres que querem interromper a gravidez e têm dinheiro saem do país, geralmente, para a Alemanha ou Eslováquia, países onde a interrupção da gestação é legalizada.

Manifestações
Esta não é a primeira manifestação contra o projeto que proíbe totalmente o aborto no país. No último sábado, 1° de outubro, milhares de mulheres e homens saíram às ruas da capital Varsóvia para protestar contra o projeto. A iniciativa é inspirada em uma histórica greve na Islândia, que contou com a adesão de 90% das mulheres daquele país na década de 70 e entrou para história como uma das mais importantes mobilizações feministas já realizadas.

Com informações de Deutsche Welle, Esquerda Online, Público e BBC.

Imagem: Politicalcritique.org

 

Fonte: ANDES-SN

Veja Também

  • relacionada

    ANDES-SN cobra do governo federal informações sobre cumprimento do acordo de greve

  • relacionada

    Condições impostas pelo CEB X o que foi atendido pela COE e Junta Eleitoral

  • relacionada

    Com aprovação de moções e leitura da Carta de BH, termina o 67º Conad

  • relacionada

    Docentes atualizam plano geral de lutas do ANDES-SN durante o 67º Conad

  • relacionada

    Após greves, docentes atualizam plano de lutas dos Setores das Iees/Imes/Ides e Ifes duran...

  • relacionada

    Podcast Viração aborda a descriminalização do porte de maconha

Newsletter

Deixe seu e-mail e receba novidades.