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Notícia

Povos originários realizam manifestação na Câmara contra a PEC 215

Durante ocupação houve corte de energia e ar e isolamento dos manifestantes

Cerca de 200 indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e catadoras de coco e flores silvestres ocuparam, na noite de segunda-feira (5), a sala da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados. Os manifestantes pernoitaram no local e desocuparam o prédio n manhã de terça (6), cobrando o compromisso de uma reunião com o presidente da Casa, o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ).

Durante a ocupação, os manifestantes tiveram que enfrentar muita truculência e repressão, por parte da polícia legislativa, que agiram sob orientação de Eduardo Cunha. Durante o protesto, o deputado do PMDB ordenou que a polícia cercasse o plenário, deixando o local em estado de sítio, além de desligar o ar-condicionado e as luzes da sala, que não possuem janelas, com o intuito de acabar com uma vigília.

Numa tentativa de evitar a ação policial, Pimenta reabriu a sessão da Audiência Pública, iniciada às 15 horas, sobre a ação de milícias armadas contra povos indígenas, quilombolas e camponeses. “Então cortaram o microfone, o ambiente ficou abafado com o ar desligado e logo a luz foi cortada. Nesse momento, apareceram os policiais do Choque na porta do plenário”, contou Cléber Buzatto, secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

Mesmo diante essa postura arbitrária, os manifestantes resistiram até a manhã seguinte.  A ocupação ocorreu após o presidente da Câmara dos Deputados se recusar a receber as lideranças do movimento. A ação marcou o 27º aniversário da Carta Magna e foi também um protesto contra a PEC 215, que trata da demarcação de terras indígenas, dentre outras pautas na defesa dos direitos dos povos originários.

Nesta quarta (7), os manifestantes participaram de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara para tratar a crescente violência praticada contra os povos indígenas no Mato Grosso do Sul, especialmente os Guarani-Kaiowá.

Segundo dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), há mais de uma década os registros de violência indicam que o Mato Grosso do Sul é o estado mais violento contra os povos indígenas em todo o Brasil. Somente em 2014 foram registrados 48 casos de suicídio, totalizando 707 casos registrados entre 2000 e 2014 no estado. Outro dado assustador é que entre os anos de 2003 e 2014, 390 indígenas foram assassinados no Mato Grosso do Sul, um total que representa 52% dos casos registrados em todo o país.

*Com informações do Cimi e do MST
*Foto MST

 

Fonte: ANDES-SN

 

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