Em assembleia realizada na manhã da última sexta-feira (20), na escola estadual Cordeiro de Farias, os professores da rede do estado do Pará, decidiram, em ampla maioria, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (SINTEPP), deflagrar greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (23).

A assembleia contou com a participação mil professores e discutiu os rumos da categoria diante do não pagamento do piso pelo governador Simão Jatene (PSDB). A Oposição Luta Educador, que constrói a CSP-Conlutas no estado, esteve presente. Segundo a categoria, os professores sofrem redução salarial com implementação da lotação 2015, imposta pela Seduc, além de permanecer sem previsão para o pagamento do piso nacional.

Além do pagamento, foram discutidos na reunião outros pontos que serão cobrados pelo movimento grevista, como a falta de segurança nas escolas, falta de infraestrutura dos prédios escolares, implementação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) e modulação do ensino. Segundo Abel Ribeiro, do Luta Educador e dirigente da CSP-Conlutas Pará, as principais reivindicações são: pagamento imediato do piso, lotação na jornada sem perda salarial, reforma das escolas, eleições diretas para diretor e pagamento das dívidas da Seduc com servidores.

Após votarem a favor da greve da categoria em todo o Pará, os trabalhadores da rede estadual de ensino interditaram a avenida Almirante Barroso, próximo à avenida Júlio Cesar, em frente ao Tribunal de Justiça do Pará, para cobrar as primeiras reivindicações do movimento.

Fonte: CSP-Conlutas
Edição: ADUFPel

Fotografia: CSP-Conlutas